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Vou escrever um livro! - Parte I

por Marquês, em 29.10.12
Vou escrever um livro. É verdade. Com tanta maluquice e estupidez neste mundo, ninguém se vai ralar no caso de eu conseguir publicar isto. Como tal, vou fazer de vós minhas cobaias. Vou atirar contra este teclado (finalmente, o meu computador voltou! Teve de levar um processador novo e está impecável) alguns excertos dessa obra que irá chegar ao top de vendas! Pelo menos na papelaria aqui da rua, é um negócio de família, a mulher fica na papelaria e o esposo explora um café logo ao lado, compro o jornal, pisco o olho à senhora, pisco o outro olho à filha do casal, que até é bem jeitosa e acho que não tem namorado, e vou beber um café e falar sobre bola com o sr. Fernando. Quando tiver um livro, há-de estar à venda ali!

"E ele pega no microfone, calmamente cambaleia em direcção às colunas, num salto consegue pôr-se em cima do palco, quase por milagre não cai. Habilmente baixa a cabeça e descai sobre o ombro direito, segurando o microfone na mão esquerda, e começa a estalar os dedos ao som da música, ou num tom semelhante. Na sua postura mais sensual possível joga o microfone contra os lábios e balbucia,
“This thing called love
I just can't handled it
This thing called love
I must get round to it
I ain't ready
Crazy little thing called love”

De seguida sobem duas raparigas ao palco, uma loira nos seus trinta anos e uma morena com pouco mais de 20, cada uma mais bela que a outra. No entanto, as capacidades avaliadoras também já não estão na sua melhor forma e o cantor lá se deixa abraçar pelas duas beldades, quase deixando cair o microfone e perdendo-se na música. Fraca actuação, muito olhar trocado com a loira, para inveja da morena. E eis que a música chega a uma parte em que é só instrumental e o artista do microfone decide dançar com a morena, corpo com corpo em movimentos sensuais, segura na mão da rapariga e nota que tem olhos cor de avelã, fá-la rodar sobre o seu braço e aproveita para trocar olhares com a loira, que agora se roía de inveja enquanto tentava inventar uma coreografia a solo. Termina o instrumental com um beijo na face da morena de olhos cor de avelã, mesmo junto aos lábios doces, contudo não há tempo para mais, o artista regressa à cantoria ainda mais desafinado mas com um novo brilho no olhar e uma postura de Elvis Presley numa imitação de Freddie Mercury. Entretanto as bailarinas começam a mostrar-se inquietas quanto às preferências do artista e começam a sair do palco. O Elvis ajeita o cabelo e convida a morena,
“And take a long long ride on my motorbike
'Til I'm ready
Crazy little thing called love
You crazy little thing called love
This crazy little thing caaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaalled looooooove...”.

E assim chega ao fim o vídeo, desligo o telemóvel e volto a tentar dormir. Na minha cabeça volto a reconstruir esse dia. Era Primavera, uma noite de Sábado, casamento do meu melhor amigo, o Rafael, eu era o padrinho e fiz questão de o envergonhar à frente da família da sua futura esposa, a Rita, e também consegui envergonhar-me a mim. A morena, por exemplo, era a irmã mais nova da Rita e lembro-me, perfeitamente, de ela me ter proibido de me aproximar da sua mana. Eu percebi algo como, “aproxima-te da minha mana”, e não perdi nenhuma oportunidade para meter conversa com ela. Não sei se resultou ou não, acordei no dia seguinte num quarto de hotel ao lado da loira, e desde então não mais vi “a mana mais nova da Rita”. Mas foi uma cerimónia bastante bonita. Por bom senso tínhamos antecipado a despedida de solteiro para a véspera da véspera do casamento, de modo a garantir que todos iriam estar minimamente apresentáveis para o dia mais feliz da vida do Rafael. Mas foi uma manhã dos diabos..."

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No meu tempo de garotagem...

por Marquês, em 24.10.12
Nos meus tempos de garotagem, os intervalos, da escola, eram uma animação. Jogávamos ao berlinde, aos tazzos(!), à bola, ao jogo do 20, encestávamos bolas, jogávamos à mosca! Até me lembro de tentar jogar ao pião, algo que nunca consegui fazer, sempre me deram piões estragados que não rodavam. Jogávamos Pokémon, Magic, ping pong, ténis de mesa (conheci uma vertente bastante engraçada em que usávamos quatro ou seis mesas para fazer de rede, no resto, era igual ao ping pong). A juventude de hoje em dia deve pensar que cresci na Idade Média ou que joguei à mosca com o Infante D. Henrique. Mas não, já nasci no século XX. Ipads? Iphones? PSPs? Portáteis? Não me lembro de nada disso. Quem tinha um GameBoy era rico! Quando saiu o GameBoy Color parecia um filme de ficção científica! Telemóveis? Ter um 3310 era ser fixe, ter um 3330 era o maior!

Nos meus tempos de garotagem, se o Manel chama-se "maricas" ao Xico (nomes fictícios), a turma toda se reunia para ver o Xico a dar umas lambadas no Manel. Ou o Manel a dar no Xico, variava. Fazia-se uma roda, o Manel voltava a chamar "maricas" ao Xico, o Xico dizia "repete lá isso", o Manel voltava a chamar "maricas" ao Xico, o Xico insultava a mãe do Manel, o Manel insultava a mãe do Xico, e andavam naquilo até que alguém lá atrás, já cansado de tanta conversa fiada, murmurava "eh, eu não admitia". Esta frase, dita na altura errada, era capaz de despoletar a fúria no betinho mais calmo da escola. Se havia coisa que fazia a garotagem do meu tempo se passar da cabeça era alguém dizer "eh, eu não admitia". Ninguém, meus amigos, ninguém admitia! Às vezes já ninguém sabia em que ponto ia a conversa, contudo, ninguém admitia! A seguir, era tareada de meia-noite! Ou vá, três ou quatro murros e alguém aparecia a separar os dois gaiatos. Um puxão de orelhas a cada um e iam todos para a aula. Durante um ou dois dias não se falavam. Depois, já ninguém se lembrava. Ou o Xico tinha um tazzo que o Manel queria ou faltava algum jogador na equipa do Manel e ele chamava o Xico. Faziam as pazes e voltavam a ser amigos. Com as raparigas, coisa parecida. Havia mais puxões de cabelos e arranhões mas o final era igual. Ficavam três ou quatro dias sem se falar e depois voltavam a fazer missangas juntas e aqueles joguinhos do quantos queres?. As raparigas sempre levaram os assuntos mais a sério que os rapazes.

Greves. Era uma festa. Cheguei a perder intervalos a tentar convencer as funcionárias da cantina a ficar em casa. Se não houvesse funcionárias suficientes na cantina e no buffet, a escola não abria. Dia de greve era fatal, quem podia, chegava atrasado, na esperança de receber uma mensagem com as palavras mágicas: "não há aulas". Outros dias só à chegada à escola sabíamos que os portões não iam abrir. Era uma festa. Íamos logo a correr pegar na bicicleta para ir dar uma volta pela localidade. Só voltávamos para casa quando a fome fosse mesmo grande, mas mesmo grande.

Hoje em dia, vejo pais à porta da escola a reclamar das greves, alunos expulsos por chamarem nomes aos colegas, pais que levam a sério uma lambada que o professor deu no aluno ou uma nota negativa. Este mundo já não é aquele que eu conhecia. Tenho saudades de ser gaiato e andar à biqueirada com o Xico (que, mesmo que hipoteticamente, é o mais lingrinhas). Atirar bolas para fora da escola e ir a correr procurá-las no descampado. No Carnaval chegava a casa encharcado, por vezes engripado, mas sempre contente. "Este ano fiquei mais molhado que tu mas para o ano vingo-me, junto mais três ou quatro amigos e logo vês". Tempos em que me atrasava para ver o Yu-Gi-Oh ou corria para chegar a casa a tempo do Dragon Ball. Bons tempos, meus amigos, bons tempos...

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Os relatos da bola

por Marquês, em 23.10.12
No outro dia, sintetizei uma rádio regional, para ouvir um relato de bola, e tive saudades dos meus tempos de rádio. Sempre ouvi falar no "bichinho da rádio" e o sacana existe mesmo. O relato que estava a ouvir fazia-me doer o coração, de mau que era, contudo, fez-me pensar na minha juventude, na altura em que eu falava para umas poucas dezenas de pessoas do outro lado dos cabos e computadores que alimentavam a emissão. Adorava aquilo.

É verdade, a minha primeira experiência pseudo-profissional foi no jornalismo. Vendo bem, já foi esse o meu sonho. Penetrando no mundo do jornalismo regional aos 16, numa editora que tinha um quinzenário e uma estação de rádio, aos poucos fui ficando apaixonado por aquilo. Entrei pelo jornalismo escrito mas em três meses surgiu o convite para a rádio - um relato de um jogo de futebol em directo. Abalei à aventura. Condições: um telemóvel para onde o meu colega iria ligar e eu entrava em directo na emissão, pouca rede para garantir a qualidade de som, um caderno para apontamentos, uma caneta (vale a pena explicar para quê?). Duas equipas desconhecidas para mim, um campo de futebol de terra batida no meio de um monte, ausência de cadeiras e um vento horrível. Lá fui eu, às cegas, à procura da ficha de jogo. Pobre inocência, só havia uma folha com o nome dos jogadores - a do árbitro. Lá inquiri uns dirigentes e consegui construir a minha ficha de jogo. A meu favor tinha os conhecimentos básicos de um amante de futebol e a "pespinetice". O telemóvel toca, lá andava eu a tentar escrever o nome dos jogadores segurando o caderno numa mão e a caneta na outra, atendi, estava na hora, ia entrar em directo. Nervoso miudinho e... silêncio, a emissão era minha, ia atirando as palavras cá para fora com um toque à Gabriel Alves, uma gíria futebolística aqui, uma informação pertinente acolá, o vento insistia em virar a página enquanto tentava ditar o alinhamento das equipas. Em menos de dois minutos já os conhecia todos, do guarda-redes ao ponta-de-lança. Quem estivesse a ouvir julgava que eu acompanhava aquelas equipas há vários anos. A partida terminou com 0-2 no marcador. "Lá vai a equipa da casa a tentar sair para o ataque, Celso, o capitão, joga de cabeça levantada, procura meter a bola num companheiro mas é desarmado, pode ser um contra-ataque perigoso. Zé tem Chico a desmarcar-se pela direita e apressa-se a colocar lá a bola. Chico domina de calcanhar e tira um adversário do caminho, que lance magnífico, pode cruzar, mas não, entra na grande área e vai tentar o remate... contra as pernas de um defesa mas o lance ainda mexe, que grande confusão na área e é golo, é golo, é GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOLOOOOOO... Mas que grande atrapalhação. É o 0-1 no marcador. Contra-ataque rapidíssimo, só podia terminar no fundo das redes". (Os nomes não correspondem à realidade) Relatei dois golos em directo. Uma jogada atabalhoada com um pontapé de ressaca (sem sala de imprensa tentei colocar-me num local abrigado do vento e nem consegui ver quem tinha marcado) e um penálti, que gritei como se não houvesse amanhã. Hoje penso que talvez tenha exagerado no grito mas estava com fezada, aquela bola ia entrar e eu ia fazer a festa do golo! "Eriton prepara-se para a cobrança da grande penalidade, pode fazer o 2-0, olha para a bola, respira fundo e ataca a redondinha... GOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOLOOOOOOOOOOOOOOOO! EEEEEERIIIIITOOOOON a fazer o segundo da partida. Bola para a direita, guarda-redes para a esquerda e a meia dúzia de adeptos da equipa forasteira fazem a festa em Boliqueime".

Antes dos 17 anos já era apresentador, repórter, jornalista, editor, coordenador e técnico de um programa de rádio e de uma secção num jornal. Fui crescendo lá dentro. Confiavam em mim. Dominava a mesa de mistura e os programas de edição com facilidade. Controlava a emissão tão bem como os meus colegas, com cursos e experiência, bons profissionais. Em quase quatro anos de rádio, raramente baixei os braços. Faltavam apoios financeiros, faltavam recursos humanos, mas lá estava eu, pronto a levar a emissão até aos ouvintes. Poucos, muitos, não importava, eram os meus ouvintes, o meu programa, não os ia deixar ficar mal. Aprendi muito comigo mesmo e só cometia os erros uma vez. Perfeccionismo, responsabilidade q.b., perserverança, gosto e vontade de me sentir orgulhoso do que fazia. Vou fechar os olhos um bocadinho e deixar que a nostalgia tome conta de mim...

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Problemáticas do dia-a-dia - Parte II

por Marquês, em 12.10.12
Pois bem, é tempo de chegar à prometida (e aguardada) parte II deste tema que afecta toda a gente, e quase ninguém. Vou continuar na estrada e no trânsito caótico da Grande Lisboa.

Passadeiras. Quem foi o estúpido que inventou estes riscos na estrada? Isto é para gozar com alguém? A sério que pensaram que isto ia ser útil? Pois fiquem sabendo que as zebras são perigosas! É verdade! Perigosas! Causam acidentes! Causam atropelamentos! Causam muitas coisas! As pessoas não sabem porque raio existem riscos na estrada! Ninguém sabe como utilizar aquilo! Eu, e o meu colega da Covilhã, que me pagou 14 euros para colocar aqui uma referência a ele, andamos a reparar nisto há uns tempos.

Partindo de uma base lógica: sem passadeiras, as pessoas prestavam atenção ao trânsito e atravessavam em segurança. Com passadeiras: atiram-se à estrada na confiança de que nenhum carro lhe pode tocar naquele espaço. Sim, há pessoas que julgam que as passadeiras são escudos. Naqueles riscos gatafinhados na estrada, ninguém me pode tocar, todos os carros irão parar ao aproximar-se do meu escudo. É o esconderijo do jogo da apanhada! Enquanto ali estiver, pode o mundo desabar que eu vou sobreviver, ali! Taxistas a grande velocidade e camiões desgovernados vão esbarrar no escudo e eu vou sair imune, do outro lado da estrada. Estúpidos! E depois há aquelas pessoas que se jogam, inevitavelmente, para cima dos riscos, quando estão veículos a passar. O pára, escuta, olha para esquerda e para a direita, não existe mais quando se descobre a magia de saltar para a passadeira quando os carros estão a chegar. É um misto de perigo e estupidez que faz do mais cuidadoso condutor, um serial killer. E é contra essas pessoas que me revolto. Não me aconteceu nem uma, nem duas, nem três, nem quatro, nem não sei quantas vezes. Mas já aconteceu. Vou na estrada, tranquilamente, e há pessoas que vão a correr em direcção à passadeira só porque está um carro a chegar. Atrás não vem carro nenhum mas a pessoa quer passar na frente do carro e passear as calças novas. Já vi pessoas junto a passadeiras e podem estar lá meia hora, contudo, assim que um carro se aproxima, faz-se luz, a pessoa lembra-se o que estava a matutar há dois quartos de hora, a vontade de atravessar a estrada.

Por isso, e porque ninguém me impede, lanço aqui o apelo: vamos acabar com as passadeiras. No sítio onde eu nasci, se procura-se uma passadeira sempre que quisesse atravessar a estrada, tinha de fazer 4 km para ir à horta buscar uma alface. E nunca ninguém foi atropelado naquela estrada! E vamos deixar de ficar à beira da passadeira até passar alguém. Se eu vejo um indivíduo junto a uma passadeira durante cinco minuto, não estou à espera que a pessoa se jogue à estrada naquele preciso momento. Pode ser? Um abraço.

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Problemáticas do dia-a-dia - Parte I

por Marquês, em 11.10.12
Venho, em formato duplo, lançar o meu desagrado para com a falta de civismo do povo lisboeta (e contra todos os outros que habitam neste espaço denominado de Grande Lisboa!). Amanhã, se a memória não me falhar, lançarei o repto final sobre esta problemática que afecta quase todos e, ao mesmo tempo, quase ninguém!

Então não é, vejam-me bem isto, que hoje, no trajecto que habitualmente faço em direcção à labora, deparei-me com três acidentes. Estou a referir-me a menos de 10 km de viagem naqueles ICs e auto-estradas que entram por Lisboa adentro. Exactamente, três acidentes. Ora, isto é uma situação que, inevitavelmente, leva a trânsito lento, abrandamentos desnecessários, aquele pára-arranca irritante... e já para não falar do risco de mais acidentes. Segundo o CSI, no qual eu faço de Horácio, os acidentes têm algo que os liga: burrice dos condutores e desrespeito pelas regras e civismo da condução. Não me venham com tretas! "Ah e tal, ninguém bate de propósito...", "Ah e tal, foi involuntário...", "Ah e tal, pode acontecer a qualquer um...", "Ah e tal, o tanas!". Há sujeitos, isto vi eu, ninguém me contou, que se lançam à estrada nos seus bólides com um objectivo definido: espatifarem-se! É verdade, não me atirem areia para os olhos! (a sério, não atirem mesmo, depois um gajo fica com aquela irritação no olho e é uma chatice para tirar os grãos todos da vista) Eu vejo, na cara das pessoas, a raiva pela estrada, o olhar profundo a pensar "vou partir esta traquitana toda e vou lixar o dia a alguém". Eu vejo isso na cara dos condutores do dia-a-dia.

Razões. Durante o dia debrucei-me a pensar nisso, até posso dizer que foram cinco minutos de elevada qualidade num brain storming solitário, e cheguei a estas conclusões. 1 - Há estupores, não há nome mais simpático que isto, que entram na estrada com este pensamento "preciso de uma pintura no pára-choques, vou-me pôr a jeito para levar um toque e alguém vai pagar a pintura". E isto acontece, sujeitos que deixam o carro descair num mau ponto de embraiagem e quem vem atrás é declarado culpado e abarca com a conta. 2 - Há energúmenos, não existe palavra mais fofinha, que têm sempre prioridade. Esses são do piorio. Uso de piscas é facultativo, independentemente do que digam os sinais os outros que parem, em qualquer circunstância é ele o primeiro a avançar. Hoje estavam dois enfaixados numa rotunda, duas faixas, o de fora queria continuar na rotunda, o de dentro queria sair, resultado: uma porta para dentro e uma rotunda inutilizável. 3 - Há estúpidos, agora até fui querido, que vivem da adrenalina, do risco, das razias estúpidas, das ultrapassagens perigosas, das travagens sem razão, da rebeldia, da não-utilização dos espelhos. Bestas também seria um bom nome. 4 - E último: mulheres e velhotes. A sério, quem são os idiotas que dão carta de condução às mulheres? Elas usam os espelhos para pintarem os olhos e não para ver a estrada! Elas usam o porta-luvas para guardar o estojo de maquilhagem! Elas vão na estrada a ver os cavalheiros jeitosos que conduzem nas redondezas! Elas largam o volante para acenar às amigas! Por favor, alguém pare com esta brincadeira de mau gosto. Mulheres encartadas? Parece que estamos a jogar Gran Turismo em modo Very Hard... E os velhotes são dos piores. Podem fazer tudo.

Deixo aqui esse conselho a todos os que lerem este rabisco: não deixem as mulheres sentarem no lugar do condutor e tenham mais atenção à estrada. Nos dias de hoje há pessoas que mal ganham para pagar o combustível e que não conseguem pagar o arranjo dos veículos. Pode ser? Um brinde a vós, e acompanhem com uma fatia de pão que sempre disfarça.

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