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É comum ver os portugueses a falar mal do seu país, possivelmente também acontece lá fora, mas aqui chateia mais o português patriótico. Eu sou gémeos logo, sofro de uma espécie de bipolarismo estrelar (as amigas da Maya dizem que os gémeos têm dupla personalidade e eu aproveito-me disso para explicar as minhas rápidas mudanças de humor e de ideias). E hoje sou patriótico e encho o peito!

Uma crítica pode ser positiva ou negativa mas nunca deixa de ser uma crítica. Há quem lide mal com críticas, como eu quando os astros se alinham a sul, ou a norte, não tenho a certeza, quando estou de mau humor, vá. E hoje atiro-me aos jornais de futebol do nosso país. Depois de um português a vencer duas etapas do Tour, um português a vencer uma das maratonas mais duras do mundo, uma dupla portuguesa a vencer o Europeu Universitário de voleibol de praia, e muitos mais, continuamos a ser um país de futebol. Temos um futebol de bom nível mas temos, acima de tudo, um desporto de bom nível. E em Portugal a palavra desporto é um sinónimo de futebol. Tão estúpido que chegamos a esquecer que futebol é uma modalidade desportiva, tal como o andebol, o atletismo, o ciclismo ou o bate pé! Bem, se calhar estou a exagerar na parte do bate pé, mas vocês perceberam. Os nossos três jornais diários desportivos (já alguém reparou que somos, possivelmente, o país com mais jornais desportivos diários por habitante?) são jornais de futebol, uma vergonha. Só novelas, só mentiras, só trocas de "boquinhas" de meninos mimados. O defesa esquerdo do Sporting solta gases na sua apresentação e todo o país fala sobre isso, o Carlos Sá vence uma prova mundial e meia dúzia de pessoas apercebe-se disso. O futebol até pode continuar a vender mais que as outras modalidades mas a paciência para as novelas de verão, para as falsas contratações e para os amuos dos próximos Figos começa a esgotar-se. O público quer sentir orgulho no seu país, quer folhear um jornal e ler notícias a sério, entrevistas a alguém de interesse. Já ninguém quer ler que o Cardozo voltou a sair para o Fenerbahçe quando nas últimas duas semanas ele já foi confirmado umas sete vezes e sempre por valores diferentes. Toda a gente já sabe que ele vai sair, ninguém quer ler a mesma notícia durante tanto tempo e sem nada de interesse pelo meio.

Por isso, deixo aqui uma ideia maluca para os jornais de futebol deste país... Mais páginas sobre desporto e menos sobre futebol, pode ser? Vamos tentar seguir estes exemplos de boas capas de jornais! Permitam-me a arrogância mas acredito que uma capa com o Rui Costa possa vender tanto ou mais que uma capa com o Cardozo.




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Pensamento idiota do dia

por Marquês, em 17.07.13
No meu local de trabalho co-habitam, durante o horário laboral, 10 pessoas, entre as quais eu próprio.

Ontem tinha um penteado que parecia um Beatle, comprido e até tinha umas patilhas enormes. Hoje apareci aqui com cabelo curtinho, todo acertadinho e a cheirar a Verão.

Ninguém reparou. E eu importei-me com isso. Não por sentir que joguei nove euros janela fora mas, simplesmente, por ninguém ter dito nada. Será que isto é um sentimento muito fêmea? Acho que pode ser apenas por eu gostar de ser notado e de odiar que me ignorem. Já me estragaram o dia e nem precisaram de fazer nada...

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Como ser odiado, capítulo I

por Marquês, em 15.07.13
Ver televisão portuguesa numa noite de fim-de-semana tem este perigo (atenção, conteúdo susceptível de causar perturbações em pessoas intelectualmente desenvolvidas) - ver programas portugueses. Amigos, ou seguidores, nada tenho contra programas ou portugueses, mas programas portugueses costumam assustar-me. Mas só aqueles que envolvem pessoas com QI inferior a um peixe-espada. Ou uma garoupa, se calhar é mais garoupa.

No sábado, dei por mim a saltitar entre canais, ou zapping em inglês, e deparei-me com o novo sucesso do terceiro canal: Olé!

E aprendi uma nova forma de ser odiado, que vou partilhar convosco para o caso de quererem ser odiados. Às vezes faz-me sentir especial saber que alguém pode estar neste determinado momento a pregar alfinetes num boneco com a minha fotografia. Talvez isso explique umas pontadas nas costas que costumo sentir com alguma frequência.

Ora, vamos a factos. Gosto de touradas, sinto uma admiração especial pela Lili Caneças e fiquei com a sensação que a apresentação de Bárbara Guimarães e José Figueiras foi a pior que já vi em televisão, ou melhor se estivermos a fazer um jogo de bebida cujo objectivo seja beber sempre que eles se enganam. Neste momento, posso garantir que 90% do público já pensou em vários nomes para me ofender. Confessa lá, quando leste Lili Caneças quiseste chamar-me "Ghandi"!

Peço, humildemente, que não me tomem por parvo, quando era mais novo era espectador assíduo do Big Show Sic e dos programas da Teresa Guilherme. Mesmo assim, este serão de sábado foi especial graças a essa combinação: toiros, Lili Caneças e Guimarães-Figueiras. Obrigado terceiro canal por me fazeres sentir "normal"!

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