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Mudar de casa

por Marquês, em 26.09.16

Ser jovem trabalhador em Portugal tem destas coisas: ter de partilhar casa.

 

Com a namorada, com amigos, ou até com desconhecidos. No meu caso, partilho casa com desconhecidos. Vi dezenas de anúncios na Internet (falar em centenas não seria exagerado mas os meus níveis de exigência foram reduzindo as opções) até conseguir escolher um quarto e casa que me agradasse.

 

Se é perfeito? Obviamente que não. Trabalho a recibos verdes e perfeição é uma utopia que nos atiram à cara para nos obrigar a fazer sacrifícios e sonhar com uma vida melhor.

 

Trabalho no que gosto, tirei um curso e tenho um bom trabalho numa das maiores empresas da área em Portugal. Não sou ingrato para dizer o contrário. 

 

Mas vivo longe da casa dos pais, longe da família, longe dos amigos. Tudo por uma carreira, por um sonho.

 

Hoje em dia partilho casa. Não tenho condições para ter uma casa só para mim e consigo gastar o dinheiro que me resta para estar com os meus amigos e fazer coisas divertidas.

 

É esta a realidade a que me fui acostumando. Fazer esforços por uma carreira melhor. Ou apenas fazer esforços. Só saberei no final.

 

Actualmente (no trabalho escrevo com aquele acordo ortográfico manhoso mas no meu blog, enquanto bebo um copo de vinho e fumo um cigarro, só não escrevo a língua do Camões porque eu próprio já nasci mais tarde) partilho casa com mais duas pessoas. É uma casa porreira, espaçosa, num local que me dá jeito e os colegas são porreiros.

 

Se estaria melhor sozinho? Talvez. Mas estou bem assim.

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O Facebook comprou o relógio

por Marquês, em 25.09.16

Não é novidade que as grandes empresas gostam de comprar outras empresas com potencial ou para acabar com a concorrência.

 

Tenho para mim que o Facebook comprou o relógio e não disse nada a ninguém.

 

5 minutos no Facebook só a ver os que os meus amigos andaram a aprontar no fim-de-semana e pimbas, ainda agora eram 7 da tarde e já tenho de ir a correr fazer o jantar que mais logo é meia-noite.

 

Maldito Zuckerber!

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Olá Outono

por Marquês, em 22.09.16

Se há coisa que nos faz adorar uma estação é a sua chegada. Entopem-se os motores de buscas com o nome da estação seguinte, procura-se aquela que achamos mais gira ou melhor encaixa no que pretendemos passar e pimbas! Durante um dia é a nossa estação preferida!

 

Ah como adoro o Outono. As folhas a cair, o tempo ameno, as cores quentes no céu, os tons acastanhados nas árvores e as noites a pedir um casaquinho, já sonho com as noites à lareira a ler um livro, as primeiras chuvas que nós adoramos todos porque nos sujam o carro e entopem as varandas que as mulheres nos dizem para limparmos há duas semanas, o vento a levantar-se e o sol a esconder-se atrás das temperaturas mais baixas fazendo-nos pensar porque raio andamos de calções em novembro! Ah, o Outono. Os dias mais curtos, as noites maiores, o frio que arrepia a espinha… Ah, que bom que deve ser o Outono!

 

 

A mim não enganam. Quais carneiros a seguir o rebanho. É fixe dizer que gostamos do Outono. Não gosto! Aliás, também não gosto do Inverno, é muito frio! Nem do Verão, é muito quente! E a Primavera? Nem me falem. Chuva com sol, as borboletas e animais todos animados como se uma força divina lhes dissesse para sorrir e acasalar, a “magia”… Para mim o Outono é aquela estação que não é Verão nem Inverno e gostava de ser Primavera. É o patinho feio das estações, o Calimero, a gorda num grupo de 4 amigas, o Coisa dos Fantastic Four. Na escola queríamos ser o Homem-Elástico, o Tocha Humana, até a Mulher Invisível, ninguém quer ser o Coisa.

 

Venham daí esses posts fofinhos de amor à estação que chega hoje. Com ela vem a mudança de horário e pimbas, quando damos por nós estamos a viver na Escandinávia…

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Adeus Brangelina

por Marquês, em 22.09.16

Um dos casais mais mediáticos do mundo vai separar-se...

 

Entre os rumores de traições, drogas, violência e tudo o que se fala sempre que há separações de famosos, a notícia que realmente interessa é a disputa dos filhos.

 

São 6 crianças, nada mais fácil que dividir 3 para cada lado.

 

Mas depois há 2 que a Angelina já tinha adoptado, restando 4 e divide-se esses pelos dois.

 

Mas afinal eles têm 3 em comum e é mais complicado dividir um puto ao meio... Quem tiver menos filhos na divisão anterior leva com os gémeos que devem ser muita chatos.

 

Isto sim, dava aqui pano para mangas.

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Pais emigrantes

por Marquês, em 19.09.16

O meu pai é emigrante.

 

Há cinco ou seis anos o meu pai decidiu emigrar. Bem, não foi propriamente uma decisão dele. A empresa onde ele estava atravessava uma fase complicada em Portugal e o passo seguinte era seguir para outro país. Destino: Angola.

 

O meu pai é mecânico. Não por ser meu pai mas nunca conheci ninguém tão bom em maquinaria e carros.

 

A empresa entretanto declarou insolvência em Portugal, como muitas outras na área, e Angola parecia um Oásis. Oásis esse que já deixou de ser miragem e a realidade nem sempre é boa. Desde então vejo o meu pai duas vezes por ano. Verão e Natal. Os 22 dias úteis de férias nem sempre são exactos e o tempo é relativo.

 

Sempre tive uma relação boa com o meu pai. Apesar de os meus pais serem divorciados, sempre me dei bem com ambos e mesmo após a separação tento conciliar o tempo livre que tenho para passar bons momentos em família. O meu pai sempre foi um pouco ausente mas paciente. Várias vezes acedia a jogar à bola comigo mesmo sem ter jeito para dar dois toques seguidos numa bola - infelizmente acho que herdei essas aptidões dele. Ensinei-o a jogar xadrez mas ganhava-lhe sempre. Tentou ensinar-me a jogar à sueca mas sou muito distraído para ter sucesso.

 

Hoje em dia penso nos momentos que tivemos juntos com nostalgia. Caramba, estamos a milhares de quilómetros de distância e o homem que sou hoje também devo a ele. Apesar de não compreender exactamente o que faço, pagou-me as propinas e fica feliz pelo simples facto de eu ter trabalho. Se ganho pouco ou muito nunca foi problema para ele. Nem mesmo quando me despedi para embarcar numa fracassada demanda de ano e meio sem rendimentos.

 

O meu pai é assim mesmo. Acredita em mim mais que ninguém, mais que eu próprio.

 

Hoje fui levá-lo novamente ao aeroporto e tudo estava bem. Como sempre. Caramba, tenho uma dívida de milhares para este homem que me criou e ajudou a tirar um curso universitário.

 

Caramba, um dia vou fazer com que o orgulho que ele tem de mim seja ainda maior!

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