Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Aqui, o Marquês filosofa sobre a vida e a existência de esquilos voadores. Às vezes, o Marquês está bêbedo e refere-se a si na terceira pessoa. Sintam-se em casa, mas não coloquem os pés no sofá.
Tenho 28 anos e tenho medo de agulhas. E de aranhas, mas isso agora não interessa. E não, não estou a falar de vacinas - nisso sempre fui bastante corajoso -, estou a falar de agulhas a sério. Género tirar sangue. Não consigo. Tenho pavor. Talvez um dia evolua nesse sentido pois mesmo percebendo a importância de doar sangue para salvar outras vidas, até hoje nunca fui capaz de aceitar a agulha.
E não gosto de hospitais. O simples cheiro a hospital deixa-me enjoado. A imagem que tenho de um hospital é uma sala de espera onde um grupo de pessoas com ar cabisbaixo se junta. Umas com sangue a escorrer de uma ferida exposta, outras com elevados graus de febre, outras a tossir compulsivamente, outras simplesmente com um aspecto pálido. Chamem-me picuinhas mas hospitais não é a minha praia.
Depois também há o facto de o pessoal da triagem nunca me levar a sério. Uma vez, das poucas que fui às urgências, entrei na sala de triagem a tossir compulsivamente, pálido como uma parede (daquelas brancas e limpas), com fortes dores na zona dos brônquios e na garganta - para além das dores abdominais de quase duas semanas a tossir os pulmões para fora. Estávamos em Agosto. Veredicto: pulseira verde. Estimativa de uma tarde na sala de espera. Psicologicamente senti que estava óptimo para ir para casa, zero dores, zero tosse. Na verdade, deixei meio pulmão na sala de espera em apenas 15 minutos. Um dia e meio depois, quando fui atendido, a médica ligou-me a uma máquina de aerossóis e receitou-me uns comprimidos quaisquer: tinha uma broncopneumonia. Pulseira verde!!!
Na televisão avolumam-se as séries de médicos e hospitais. Tudo bem, nada contra, até se aprende umas coisas (quem não descobriu que existia uma doença chamada lúpus à pala do Dr. House que atire a primeira pedra!).
Contudo, há fenómenos que me preocupam. Como devem calcular, é raro ir ao médico (estive quase duas semanas a tossir os pulmões até ir ao médico), de modo que não percebo muito bem o funcionamento do sistema. E, ao ver séries, fico com muitas dúvidas. Estive ontem a ver um episódio de uma série conceituada sobre a vida num hospital e fiquei preocupado. Estiveram 15 minutos de volta de um transplante de um órgão - parecia o Leonardo Dicaprio a abrir o cavalo para ganhar o Oscar. Até aqui tudo bem mas... e há sempre um mas, estiveram 14 minutos a provocar-se e a comentar assuntos do episódio anterior. Atiravam o bisturi para dentro do cavalo, perdão, ser humano a ser operado, sem sequer olhar!
Vocês não sei, fiquei com receio de alguma vez precisar de ser operado.
Leitores com conhecimentos mais profundos de medicina avançada, o bloco operatório é uma sala de bate-papo?
Quem me conhece sabe que sou pouco dado a sentimentos. Macho a sério não tem sentimentos. É forte. Faz uma entorse e bebe dois shots de medronho no lugar de anti-inflamatórios. Abre a cabeça e bebe dois shots de medronho enquanto leva 5 ou 6 pontos na testa. Arranha-se a jogar à bola e bebe dois shots de medronho enquanto desinfeta a ferida com vodka e começa a preparar histórias fantásticas sobre a sua nova cicatriz. As mulheres pelam-se por homens com cicatrizes!
Contudo, há raras exceções em que o macho vacila.
Nenhum macho tem uma simples gripe / febre / constipação / dor de garganta.
Subir dos 37º é ver a luz.
Uma gripe é suficiente para meter baixa e chamar o notário para tratar do testamento.
Se um macho espirrar sete vezes de seguida e sentir um calafrio é motivo para reunir a família e ligar a todos a pedir desculpas pelos erros do passado. Excepto ao primo Carlos. O Carlos é uma besta!
Na semana passada estive perto de me despedir deste mundo. Dor de garganta, calafrios, estado febril. A sério, o Marquês viu a luz! Qual Maximus a caminhar em direção ao portão (para os mais distraídos, ide ver novamente o Gladiador).
Felizmente já estou bem. Obrigado pela preocupação.
PS: Cajó, se me estás a ler, já podes parar de fazer macumbas. Já liguei ao notário para alterar o testamento. Vou deixar o carro e o action figure do Don Vito Corleone ao meu afilhado. Queres coisas boas? Vai trabalhar, meu malandro! Jantamos amanhã? Pagas tu que este mês teve muitos dias.
Ahah, com que então querias o Don Corleone.
Geração millennial.
“A geração ‘Millennials’ é o termo usado para categorizar os indivíduos que nasceram entre 1980 e 2000. A definição foi criada pelos autores norte-americanos William Strauss e Neil Howe em 1991, tal como explica a revista Forbes. Pertencem a esta geração os jovens entre os 15 e 35 anos, filhos da Geração X e netos dos ‘baby boomers’. São apresentados como a primeira geração de nativos digitais.
Os ‘Millennials’ são também designados de geração Y e da Internet. Nasceram na era dos equipamentos eletrónicos, do crescimento rápido do ‘online’ e do mundo das redes sociais. Desde pequenos, criaram uma relação íntima com as novas tecnologias e dominam a internet como ninguém.”
(via site saldopositivo.cgd.pt)
Serei da geração millennial?
Como posso eu, nascido em 1989, ser igual a algúem que nasceu em 1999? Ou nascido em 1981?
Não é preciso pensar muito. A SIC, terceiro canal de televisão em Portugal, nasceu há 25 anos. Metade da geração millennial não imagina um período sem quatro canais de televisão.
Não me sinto da geração millennial.
Nos últimos anos, os estudos sobre millennials multiplicaram-se. O que procuram na vida, o tipo de educação, o perfil de trabalhador, o valor que dão às coisas simples da vida. Queremos feedback no emprego, queremos viajar, somos curiosos, não nos conformamos, não acreditamos em empregos para a vida, sonhamos muito, queremos muito, estudamos muito.
Ok, sou um bocado da geração millennial. Aliás, todos esses estudos são muito bonitos. São pragmáticos. São interessantes. Ajudam as empresas a traçar o perfil de quem está a entrar/entrou no mercado de trabalho nos últimos anos.
Também quero feedback constante e adorava poder viajar. Tive internet da Clix com 7 ou 8 anos, instalada com CD e que ia abaixo de 15 em 15 minutos, cresci sem “box” de televisão, fui pela primeira vez ao McDonald’s aos 18 anos, viciei-me no Super Mario, implorei durante anos para ter um GameBoy Colour (sem sucesso), achei que a Sega Saturn era o topo das consolas.
Serei da geração millennial?
Talvez. Não sou ninguém para contrariar uns estudiosos que certamente terão muitos estudos e sabem muitas coisas. Contudo, sinto-me de outra geração.
Sou da geração a prazo.
Não conhecem?
Tenho 28 anos. Sou independente. Vivo fora de casa dos pais. Vivo numa casa (apartamento) arrendada. Conto os trocos até final do mês. Trabalho na área em que me licenciei. Tenho um contrato de emprego de seis meses. Vivo a 300km da minha família e amigos para seguir o curso que escolhi. Não tenho namorada. Não sei o que quero da vida. Quero muitas coisas da vida.
Emprego a prazo. Relações a prazo. Amizades a prazo. Vida a prazo!?
Ia jurar que os estudos de estudiosos prometiam outras coisas para a minha geração. Pensava que os millennials iam salvar o mundo, construir um futuro melhor para o nosso planeta, ter carreiras de sonho e realizar todos os seus objetivos.
Não sou millennial. Sou da geração a prazo
Ontem passei tanto tempo ao telefone que hoje recebi um e-mail com oferta de emprego para um call center.
Coincidência? Não acredito em coincidências.
They are watching us...
O Inverno chega amanhã, o Syfy fez uma maratona das seis temporadas e eu não estou preparado!
Não por me ter esquecido de ir buscar o casaquinho à arrecadação mas porque não consegui ver os episódios todos. Respondendo à vossa pergunta: Não, não tive nada melhor para fazer.
Há tempos disse por cá que tinha deixado de ver a série para ler os livros. Terminei há poucos meses mas só voltei a ver a série o mês passado. Entre trabalho, Santos, jantaradas e afins, vou a meio da sexta temporada.
Por isso, aviso desde já, tenho um coração mole mas se vejo algum spoiler da 7ª temporada não respondo por mim!!!
Já agora, o Jon Snow esteve de férias na minha terra e nem me avisou. Soube através de vários amigos que o viram, que falaram com ele, que tiraram fotos, que mereciam ter uma dor de dentes... Margaery, se me estiveres a ler, vou de férias para a semana, tenho dois quartos livres em casa ;)
E agora vou beber quinze cafés a ver se consigo terminar isto a tempo de ainda dormir uma horinha antes de ir trabalhar.