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Reencontro de velhos amigos

por Marquês, em 09.01.15

De chegada à Grécia, Vítor Pereira apercebeu-se que o guarda-redes do seu novo clube é o Roberto. 

Conversaram um pouco...

 

VP: Olá Roberto, tás boum? Dá cá mais cinco, carago!

R: Si, si.

VP: Confio muito em ti, carago. És o meu número 5!... 1, quero dizer, 1!

R: Gracias, mister.

VP: Mister, ainda falas português? Pois, foste treinador pelo Jesus.

R: Si, pero mister es ingles, yo no hablo portugues.

VP: Ah. Por falar em Portugal, tens ido a Portugal? Ao Porto, por exemplo. Lá todos gostam muito de ti.

R: No, no.

VP: Tás muito caladinho. Tem calma, amigo. Desta vez não trouxe o Hulk comigo. Hehehehe.

 

O Vítor Pereira abraçou o Roberto, deu-lhe uma bola para as mãos, o Roberto apanhou a bola do chão à terceira tentativa e seguiram caminhos opostos no campo de treinos do Olympiacos. O Vítor Pereira nessa noite não dormiu, a pensar que na baliza tinha um guarda-redes "sem mãos"...

 

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Vitorino Antunes, porque não?

por Marquês, em 21.05.13
in uefa.com
Porquê? - perguntam vocês. Porque não? - respondo eu. E vocês insistem - E porque não e porque sim?. Porque me apetece. E isso chega. Sou o único autor neste blogue, sigo os meus ideais de escrita e sou eu mesmo que escolho os temas. Portanto, Vitorino Antunes! - chuto eu! Lance anulado por carga sobre o guarda-redes, assinala o fiscal de linha.

Fizesse eu parte da estrutura benfiquista, e em Janeiro este menino tinha apanhado a carreira das 9h00 em direcção ao Seixal. Mas como não faço, foi passear até Málaga. Fez uma boa época, ficou tempo demais preso à Roma, onde nunca conseguiu mostrar as qualidades pelas quais foi contratado. Parece renascido. Aposta barata e segura. É português, já foi e voltará a ser internacional, seguro a defender e inteligente a atacar. Não é nenhum Coentrão mas é um valor seguro.

Se o Benfica um dia pensou em contratar Luisinho, não dá para trocá-lo pelo Antunes? Eu sentia-me mais seguro com o Antunes na esquerda do que com o Melgarejo. Há anos que eu digo isto: Antunes no Benfica. Mas o Emerson é melhor, adaptar o Melgarejo é melhor, Shaffer, César Peixoto, Sepsi, Jorge Ribeiro, todos eles melhores que o Antunes! (Para quem não entendeu: pura ironia) Ainda há quem me diga: "Isso é muito FM". Talvez seja. No FM o Antunes era o meu defesa esquerdo. Tal como na realidade, nunca exuberante mas sempre seguro. E se há algo que assusta qualquer benfiquista é aquela lateral esquerda, há muitos anos. Escapou-se o Coentrão e rendeu uns belos trocos.

Enfim. Na cabeça já começo a imaginar: Antunes no FCP! Alex Sandro sai para um tubarão europeu, Antunes agarra o lugar e é o melhor lateral da liga, regressa à selecção, vai ao Mundial e eu, na minha inocência estúpida vou pensar: "já sabia", "já estava a ver isto", "sempre a mesma história", "bem vos avisei"...

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Desabafos encarnados

por Marquês, em 15.05.13

Escrevo este texto a poucas horas da final da Liga Europa, final de uma competição internacional, primeira final europeia onde eu posso ver o emblema do meu Benfica. Em quase 24 anos de existência neste mundo, este devia ser um dos dias mais espectaculares da minha vida (não digo felizes porque tenho namorada e para elas dias felizes são o casamento, o nascimento do primeiro filho...). Devia estar em pulgas, fechar os olhos e imaginar o capitão Luisão a erguer o tão desejado troféu, gritar bem alto Benfica de dez em dez minutos até o patrão se fartar e me mandar embora para ir ver a bola. Querer estar em Amesterdão, querer estar no Marquês de Pombal, querer ir receber os campeões europeus ao aeroporto às tantas da madrugada.

Mas não, não é assim que me sinto. Nas últimas duas semanas oiço a palavra Benfica umas dez vezes por minuto, as redes sociais inundam-se de mensagens e vídeos de motivação à conquista da tripla, na televisão todos falam e debatem e imaginam mil cenários para este final de época. Muitos me perguntam, por ser benfiquista e por adorar desporto, qual a minha opinião, o que penso. E a verdade é que me custa pensar nisso e não quero dizer o que penso. Já falta menos de um mês, depois voltará a crise, os jornalistas irão para o Algarve ouvir as queixas dos comerciantes, "este ano está muito mau, os turistas não gastam dinheiro", inevitavelmente irão chegar os incêndios e o povo irá voltar a mandar as suas piadolas nas redes sociais com fotografias na praia "a curtir o sol enquanto não se paga imposto", sempre seguido de um bonito "lol". Menos de um mês para o final daquela que podia ser uma temporada de luxo! Menos de um mês para conquistar aquilo que Mourinho e Villas-Boas tiveram a ousadia de conquistar nas minhas barbas! Um mês que custa a passar. O dia de ontem teve umas 36 horas, o de hoje deve ter 12, para equilibrar.

Sempre disse que íamos decidir a época no Funchal. E não me enganei. Faltavam poucos jogos, uma almofada de quatro pontos, dois jogos em casa, parecia estar tudo decidido com aquela vitória. E no campo, ganhámos. O jogo com o Estoril não é difícil digerir. Foram mais organizados, correram mais, esforçaram-se mais, lutaram mais, até podiam ter levado os três pontos. O Benfica entrou no Estádio do Dragão líder e mais perto de ser campeão. Perdemos no Funchal, quando o árbitro apitou, tal como voltamos a perder na Luz, quando o jogo com o Estoril terminou, e perdemos no Dragão, antes mesmo de entrarmos em campo. Este campeonato, que ainda não está decidido, pode ter sido perdido em fora de jogo técnico, no balneário. Tive raiva do Benfica quando festejaram no Funchal e tive ainda mais raiva quando choraram depois do jogo com o Estoril. Como benfiquista, sempre quis acreditar. Ir ao Dragão é um "ai Jesus". Há anos que entrar no Dragão é sinónimo de três pontos perdidos para o maior rival. É psicológico, resolve-se no balneário, foi esse medo, essa falta de confiança, que nos pode ter custado um campeonato e que me dá raiva. Queria estar alegre e confiante, mas não consigo.

Hoje sei que vamos jogar bem. Os jogadores querem dar tudo. Alguns sabem que uma boa exibição hoje os coloca num "grande" do futebol europeu no próximo ano. O Gaitán vai partir tudo, o Garay vai limpar os ataques todos, o Artur vai defender os remates todos, o Matic vai estar em todo o lado, o Salvio vai gastar o ar dos seus quatro pulmões, o Enzo vai comer a relva, o Luisão vai comandar a nau encarnada, o André vai mostrar acerto, o Melgarejo vai lutar enquanto tiver forças, o Cardozo vai marcar, o Ola John vai sair sem ter feito nada. Esta é uma final para os génios se soltarem e os campeões decidirem! Se cairmos, vamos cair à boa moda portuguesa, "cair de cabeça erguida", "cair de pé", "cair com honra", "cair...". O tempo passa depressa, a final está quase aí. Vou passar em casa e pegar no cachecol, agarrado àquela réstia de esperança que me faz acreditar que somos capazes de ganhar esta final. Na minha cabeça acredito que vamos ganhar, mas o meu corpo não vai estar no balneário.

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Fevereiro

por Marquês, em 20.02.13
Amigos meus, meus amigos, peço-vos desculpa pela minha ausência não anunciada. Estive de férias. É verdade, aqueles dias pelos quais os trabalhadores comuns deste mundo anseiam sucederam nestes dias e não quis perder os meus preciosos minutos de descanso em frente a um computador. Isso e preguiça, maldita!

Espero que a vida vos esteja a correr bem. 2012 já nem lembra ao diabo e melhores dias virão. Já vamos em Fevereiro, o mês pelo qual os homens tanto choram, pelo bom e pelo mau. Este mês malandreco significa a chegada da fase a eliminar da Liga dos Campeões e da Liga Europa, o futebol espectáculo, a emoção da bola, os lances polémicos e os adeus inesperados. Mas marca também o dia de S. Valentim, pelo qual as raparigas se pelam, sempre à espera de surpresas. É verdade, nós homens sofremos uma pressão imensa nesta altura e tudo o que idealizamos é um esforço em vão. Nada corre como planeado, elas ficam desiludidas e, em certos casos, lembram-se de ficar tristes em noite de Liga dos Campeões! Não me sucedeu isso mas sei que acontece. Estou convosco amigos, temos de ser fortes nestas alturas!

Nestes dias para o relaxamento consegui ver a bola, fui raptado por extra-terrestres verde-alface, comi pela primeira vez uma francesinha, andei de teleférico, explorei os confins mais profundos da Terra, aventurei-me à descoberta do caminho marítimo (é justo dizer caminho marítimo quando só atravessei um rio?) para o outra margem, ganhei o euromilhões, gastei tudo em meninas, aguardente velha e apostas em cavalos, fui a Vegas, casei com uma stripper, divorciei-me, voltei a casar com a mesma stripper, voltei a divorciar-me, tentei roubar um tigre a um famoso, roubei um caniche a uma velhota, estive preso, não fui sodomizado à bruta, fugi num cesto da lavandaria, voltei a casar com a mesma stripper e apanhei boleia de um golfinho até ao estuário do Sado. Ou então estive só a preguiçar no sofá a ver comédias românticas e a engordar à base de batatas fritas de pacote e Ice Teas de marca branca...





Bom resto de Fevereiro e que venham daí os textos à sombra de uma fatia de pão e um copo de vinho. Já passou essa data manhosa, a inspiração irá voltar aos poucos e as minhas palavras sem sentido irão fluir neste espaço novamente.

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Primeira vez num estádio

por Marquês, em 25.11.12
Depois de um interregno legítimo, por preguiça, estou de regresso a este sítio virtual. E só por ser para vocês, já tenho aqui gatafunhos preparados para os próximos dias, de modos que este blogue vai ter mais acção do que nunca! Vejam a classe com que eu me escusei a fazer piadas sobre futebol, celebridades ou pedofilia, isto, amigos meus, é a classe que me distingue dos reles comediantes e bloguistas deste país. Mais tarde vocês irão agradecer-me.

Pois bem, recentemente tinha comentado a minha ida ao Estádio da Luz para ver o Benfica 2 - 0 Spartak Moscovo onde, sem qualquer honra, injuriei um sujeito de apito ao canto da boca. E então, para me redimir, voltei lá para ver o jogo com o Celtic e tentei não ofender ninguém. Posso dizer que foi uma missão quase bem sucedida. Mas não é isso que interessa. O facto de ter lá ido com um grupo de amigos que nunca tinham entrado num estádio de futebol fez-me pensar na minha primeira vez... ups, peço desculpa pela piada sexual, primeira vez que fui a um estádio de futebol, para ver um grande jogo.

2005, Estádio do Algarve, Algarve, Estoril contra Benfica. O Estoril, numa manobra estranha, deslocou o jogo para o Algarve, possivelmente por motivos de bilheteira. E então, lá fui eu e o meu progenitor, bater 90km para ver o SLB. Confesso que estava nervoso. Era a primeira vez na minha vida que ia ver o Benfica e era a primeira vez que via o Benfica jogar futebol e não matraquilhos. Apesar do adversário ser fraco, estava nervoso, expectante, entusiasmado. Levei a minha camisola, dessa época, e no estádio o meu pai quis oferecer-me um cachecol, que eu ainda guardo e que levo a todos os jogos. Chegamos em cima da hora e nunca mais esqueci aquele momento, a entrada nas bancadas. 30 mil pessoas de pé a cantarem "Benfica", cachecóis e bandeiras no ar, as equipas entram em campo e um ruído ensurdecedor, não conseguia parar de sorrir, esperei por aquele dia 16 anos, os jogadores passeavam a umas belas dezenas de metros de distância mas eu sabia que eles eram, delirei com os primeiros toques da bola, vibrei com o público a cantar pela equipa, disse palavrões quando o Estoril fez o 1-0, bati palmas quando expulsaram o primeiro jogador do Estoril, ri sempre que o árbitro olhava para o Simão antes de apitar uma falta, saltei e gritei e esbracejei e fiz parte da festa dos dois golos das Águias! Contudo, o maior momento da noite foi a entrada de um jogador excepcional, diferente de todos os que vi jogar até hoje: Pedro Mantorras! Presumo que ninguém no estádio tenha ficado sentado aquando da sua entrada, tudo de pé a bater palmas ao mais promissor avançado que passou pelo Benfica nos últimos 23 anos. São momentos que só se vivem uma vez. Eu vivi, naquele dia, uma das melhores experiências da minha vida.

Para animar a festa, ainda guardo o cachecol! Esteve comigo na recepção ao Spartak, na recepção ao Celtic, no 3-0 ao Porto na Taça da Liga, no 5-2 ao Rio Ave há duas épocas e em muitos mais jogos. Aquele cachecol merecia um camarote no Estádio da Luz, sempre que lá vai, o Benfica ganha! Já enviei duas cartas e sete e-mails para o departamento de marketing mas ainda não obtive resposta, é uma pena, seria a garantia de vitória em todos os jogos (acrescento que não consegui ir ver o jogo com o Barcelona nem os últimos jogos com o Porto e aproveito para pedir desculpas a todos os benfiquistas).

E por tudo isso e muitos mais, "Não percam o próximo texto, porque eu, também não!" (pequena adaptação do melhor anime de todos os tempos, este senhor dava uma excelente Voz para a Casa dos Segredos). Bem-haja amigos, boa semana!

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