Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Aqui, o Marquês filosofa sobre a vida e a existência de esquilos voadores. Às vezes, o Marquês está bêbedo e refere-se a si na terceira pessoa. Sintam-se em casa, mas não coloquem os pés no sofá.
Geração millennial.
“A geração ‘Millennials’ é o termo usado para categorizar os indivíduos que nasceram entre 1980 e 2000. A definição foi criada pelos autores norte-americanos William Strauss e Neil Howe em 1991, tal como explica a revista Forbes. Pertencem a esta geração os jovens entre os 15 e 35 anos, filhos da Geração X e netos dos ‘baby boomers’. São apresentados como a primeira geração de nativos digitais.
Os ‘Millennials’ são também designados de geração Y e da Internet. Nasceram na era dos equipamentos eletrónicos, do crescimento rápido do ‘online’ e do mundo das redes sociais. Desde pequenos, criaram uma relação íntima com as novas tecnologias e dominam a internet como ninguém.”
(via site saldopositivo.cgd.pt)
Serei da geração millennial?
Como posso eu, nascido em 1989, ser igual a algúem que nasceu em 1999? Ou nascido em 1981?
Não é preciso pensar muito. A SIC, terceiro canal de televisão em Portugal, nasceu há 25 anos. Metade da geração millennial não imagina um período sem quatro canais de televisão.
Não me sinto da geração millennial.
Nos últimos anos, os estudos sobre millennials multiplicaram-se. O que procuram na vida, o tipo de educação, o perfil de trabalhador, o valor que dão às coisas simples da vida. Queremos feedback no emprego, queremos viajar, somos curiosos, não nos conformamos, não acreditamos em empregos para a vida, sonhamos muito, queremos muito, estudamos muito.
Ok, sou um bocado da geração millennial. Aliás, todos esses estudos são muito bonitos. São pragmáticos. São interessantes. Ajudam as empresas a traçar o perfil de quem está a entrar/entrou no mercado de trabalho nos últimos anos.
Também quero feedback constante e adorava poder viajar. Tive internet da Clix com 7 ou 8 anos, instalada com CD e que ia abaixo de 15 em 15 minutos, cresci sem “box” de televisão, fui pela primeira vez ao McDonald’s aos 18 anos, viciei-me no Super Mario, implorei durante anos para ter um GameBoy Colour (sem sucesso), achei que a Sega Saturn era o topo das consolas.
Serei da geração millennial?
Talvez. Não sou ninguém para contrariar uns estudiosos que certamente terão muitos estudos e sabem muitas coisas. Contudo, sinto-me de outra geração.
Sou da geração a prazo.
Não conhecem?
Tenho 28 anos. Sou independente. Vivo fora de casa dos pais. Vivo numa casa (apartamento) arrendada. Conto os trocos até final do mês. Trabalho na área em que me licenciei. Tenho um contrato de emprego de seis meses. Vivo a 300km da minha família e amigos para seguir o curso que escolhi. Não tenho namorada. Não sei o que quero da vida. Quero muitas coisas da vida.
Emprego a prazo. Relações a prazo. Amizades a prazo. Vida a prazo!?
Ia jurar que os estudos de estudiosos prometiam outras coisas para a minha geração. Pensava que os millennials iam salvar o mundo, construir um futuro melhor para o nosso planeta, ter carreiras de sonho e realizar todos os seus objetivos.
Não sou millennial. Sou da geração a prazo