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Aqui, o Marquês filosofa sobre a vida e a existência de esquilos voadores. Às vezes, o Marquês está bêbedo e refere-se a si na terceira pessoa. Sintam-se em casa, mas não coloquem os pés no sofá.
Porra… Ainda me custa acreditar.
Mais um acidente de avião, mais uma tragédia, mais uma ceifada na vida de quase 80 pessoas. A morte nunca é fácil de digerir, as tragédias nunca são aceites levianamente.
Esta madrugada o avião que transportava a equipa brasileira do Chapecoense despenhou-se durante a viagem mais importante da vida do clube e dos jogadores e dirigentes a bordo.
Um clube humilde que há poucos anos andava pelas divisões inferiores do Brasil. Esta época, pelo terceiro ano a disputar o Brasileirão em 43 anos de história, conseguiram um apuramento histórico para a final da Sudamericana – a segunda competição mais importante de clubes da América do Sul. Uma equipa de jogadores que nunca estiveram sob as luzes da ribalta. Uma equipa de jogadores que fazia a sua própria história. Infelizmente esta história não teve final feliz. Despenhou-se juntamente com o avião que os transportava.
Por todo o mundo os clubes manifestam o seu apoio. As hashtags #ForçaChape ou #ForçaChapecoense já têm milhões de partilhas nas redes sociais. Desportistas, clubes, adeptos, ninguém fica indiferente.
Eu estou chocado. Acordei com esta notícia e ainda me arrepio a cada partilha nas redes sociais, a cada notícia que teima em não aumentar a lista de sobreviventes. De 81 pessoas a bordo dizem que apenas seis sobreviveram, 6! E a lista pode encurtar.
Nestes momentos a solidariedade surge, todos querem ajudar, todos tentam manifestar o seu apoio.
O Atlético Nacional, clube da Colômbia que seria o adversário na final da Sudamericana, já expressou intenções de entregar o título ao Chapecoense. Os jogadores do Atlético uniram-se e pediram-no. Um título nunca será mais valioso que uma vida, que 75 vidas.
Os clubes do Brasileirão expressaram vontade de emprestar jogadores ao Chapecoense para que o clube possa manter-se no activo e pedem até que o clube não possa ser despromovido nos próximos três anos.
Pela Europa, clubes como o Benfica comprometem-se a emprestar jogadores ao Chapecoense.
São pequenos gestos que não vão trazer de volta o Filipe Machado, o William Thiego, o Marcelo Augusto, o Dener Assunção, o Mateus Caramelo, o Gimenez, o Ananias, o Arthur Maia, o Cleber Santana, o Gil, o Matheus Biteco, o Sérgio Manoel, o Josimar, o Bruno Rangel, o Aílton Canela, o Everton Kempes, o Lucas Gomes, ou o Tiaguinho – que ia ser pai. Nem os dirigentes ou jornalistas ou tripulantes a bordo.
Mas são pequenos gestos de uma nobreza enorme.
Força Chapecoense!