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Parabéns CR7!

por Marquês, em 05.02.15

"- Ele é assim tão bom?

- O John O'Shea está com uma enxaqueca!"

 

Uma hora depois, Ferguson estava reunido com dirigentes de ambos os clubes, Jorge Mendes, e um tímido jovem de 18 anos. Tímido de palavras. Na opinião de O'Shea, o rapaz era tudo menos tímido!

 

Mas a sua história já tinha começado. Uns meses antes tinha-se estreado a titular na Primeira Liga, frente ao Moreirense, com 17 anos. Marcou dois golos. Antes ainda, já Aurélio Pereira tinha convencido o Sporting a desembolsar 5 mil contos por um rapaz magrinho de 11 anos. 5 mil contos... Em 2009 custou cerca de 94 milhões aos cofres do Real Madrid. Em três meses já o clube tinha recuperado o investimento em merchandising e patrocínios.

 

O nosso capitão, o nosso tri-Bola de Ouro, o melhor jogador português de todos os tempos. Um dos maiores da história do futebol mundial. 

 

Para mim, o momento em que olhei para o Ronaldo e pensei "este miúdo é uma máquina, e é português!", foi em 2004. A selecção nacional, que me tinha maravilhado em 2000, estava lenta, sem magia. Ao intervalo, Scolari lança o miúdo do Man Utd lá para dentro e cinco minutos depois, numa correria desenfreada para recuperar a bola (penso que tinha sido ele a perdê-la), Ronaldo atropela um grego na área. Ficou sentado no chão e quis chorar, estava zangado com ele próprio. Levantou-se, como sempre, foi para cima do Seitaridis e ainda fez um golo de cabeça. Foi suplente no jogo seguinte, talvez a última vez que sentou no banco pela selecção. 

 

Depois disso lembro-me de o ver "partir" o Raul Bravo e o Ashley Cole. O espanhol só o conseguia parar com faltas. Era o elemento mais fraco daquela equipa. Passou 90 minutos atrás do madeirense e ainda hoje não sabe dele. Vicente estava mais preocupado em ajudar o colega que em atacar. A partir desse jogo já era raro ver apenas um jogador a marcar o nosso CR17 (na altura). Cole, que havia de o defrontar dezenas de vezes em Inglaterra, andava completamente perdido. Ronaldo escreveu um livro com os pés e recitou-o a um perdido defesa-esquerdo inglês. Bola por um lado, Ronaldo pelo outro, e o Cole outra vez para trás. Mais um drible, mais um túnel, mais uma bicicleta, mais um toque de calcanhar. Ups, Ronaldo, já perdeste o Cole outra vez. Scholes vai em carrinho mas Ronaldo chega mais rápido e salta por cima do seu colega de equipa. Sorry, Scholesy!

 

Na altura, Ronaldo era um jovem esguio que adorava ter a bola nos pés, em constantes acelerações e mudanças de velocidade, adorava ir para cima dos adversários, adorava fazer novas fintas e passes de calcanhar e de letra. Faz menos fintas por jogo mas também marca mais golos, decide mais jogos, está mais forte, mais completo. Está diferente. Confesso que tenho saudades de o ver partir para cima dos adversários e conquistar a linha de fundo para pisar a bola, deitar mais um defesa e cruzar de letra.

 

Na altura ainda se podia jogar com fita por cima dos brincos e ele festejava sem camisola. Bons tempos, suspiram as raparigas. 

 

Parabéns, Cristiano!

 

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Não foi culpa minha

por Marquês, em 20.01.15

Um post rápido só para esclarecer uma coisa:

 

NÃO FOI CULPA MINHA!!!

 

Parece que um dos casais mais mediáticos do mundo se separou: Cristiano Ronaldo e Irina Shayk. 

 

Não vou ser mais um dos engraçadinhos que diz: "Oh Irina, não era preciso. Afinal de contas o que nós temos é só badalhoquice" ou "Desculpa Ronaldo, parece que ela prefere o meu barril de cerveja ao teu six pack".

 

Mas vou ser o engraçadinho que garante a pés juntos que não tem nada a ver com isto.

 

As revistas cor-de-rosa e os tablóides já culparam o The Rock, a Rita Pereira, a Dona Dolores, uma jornalista da Real Madrid TV... qualquer dia sobra para mim e não quero ter problemas na minha relação amorosa.

 

Achei que este texto precisava de uma ilustração...

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Oh mãe, sou viciado...

por Marquês, em 17.06.12
Estava eu aqui tranquilamente a olhar para o guarda-fato e a pensar no que vestir esta tarde. Para quem não vive neste Mundo, daqui a pouco joga a selecção nacional de futebol e é preciso equipar-me a preceito. Mas como eu estava a dizer, pensava eu no que vestir e cheguei à conclusão que não tenho roupa para ir ao café ver a bola. Nunca faltou algo no meu guarda-fato: roupa desportiva. E agora não tenho...

Cresci com pouco, nunca me faltou nada, contudo, nunca vivi com abundâncias. Roupinha barata e prática, usada vezes a fim, comidinha do campo bem aproveitada, prendas por mérito ou datas especiais e pouco mais. Cresci bem, tenho orgulho em tudo. No entanto, via muitos pintarolas com roupinha da moda, roupinha nova todos os dias, zingarelhos nos bolsos como se de magnatas se tratassem. E eu na minha, roupinha prática, tshirts sem cor e ténis com buracos mas sempre vestido. Só havia uma coisa em que os meus pais me mimavam: equipamentos desportivos. Podia ter roupa barata mas os ténis de jogar à bola e o equipamento para fazer desporto eram de marca, bons e, inevitavelmente, caros. Os ténis do dia-a-dia custavam 15 euros, os ténis quando eu praticava atletismo custavam 80...

E agora estou a olhar para a vestimenta para ir ver a selecção e não encontro uma t-shirt para ir ver a bola, é só camisas de marca. Fui consumido pelo capitalismo! Virei brandaholic... viciado em roupa de marca e já nem t-shirts para ir ver a bola tenho. Uma pequena explicação para o que aí vem: nunca fui fervoroso pelo mediatismo à volta da selecção nacional de futebol. Gosto de futebol, vejo os jogos todos, mas não me peçam para pactuar com o circo (muito bem dito pelo meu conterrâneo Manuel José!). Não tenho bandeira nem cachecol, tinha uma t-shirt mas já não me serve. E agora, para ir ver a bola, resta-me vestir uma camisa de marca portuguesa e lá vou eu ver o Cristiano Ronaldo espetar três boladas na baliza dos moços do país das papoilas!

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Nunca mais chega o Euro

por Marquês, em 07.06.12
Nunca mais chega o Euro...

Quero ver futebol, quero viver futebol, quero respirar futebol, quero falar de futebol, quero jogar futebol, quero chamar nomes ao futebol, quero rir do futebol, quero chorar do futebol, quero futebol...

O Euro2012 está a chegar. As melhores selecções da Europa, os melhores jogadores da Europa (com excepção do Giggs), os melhores árbitros da Europa, grandes lances, grandes jogadas, grandes fintas, grandes pormenores, grandes remates, grandes defesas, grandes cortes, grandes faltas, grandes, grandes, grandes... 80 mil pessoas num estádio a gritar, a cantar, a sorrir, a festejar, a vencer, a chorar, a empatar, a perder, a viver o futebol. Quero um bilhete de viagem para a Polónia, quero estar na primeira fila quando Portugal jogar, quando o Rui Patrício bater um pontapé de baliza, quando o Pepe fizer um carrinho, quando o Bruno Alves ganhar uma bola no jogo aéreo, quando o Moutinho inventar uma nova linha de passe, quando o Cristiano Ronaldo fintar um adversário, quando o Quaresma fizer uma trivela, quando o Coentrão investir pela ala esquerda, quando o Hugo Almeida marcar um golo, quando o Nani der um mortal, quando o Nélson Oliveira entrar em campo, quero estar no Euro, quero ser parte do Euro, quero ver de perto, quero sentir, quero emocionar-me, quero rir, quero rir muito, quero cantar bem alto o nosso hino e gritar PORTUGAL até me faltar o raio da voz e até me doer a garganta e até não ter forças para levantar a bandeira. Quero dizer à Europa e ao Mundo que sou português, quero dizer que um dia também vou vencer, quero dizer que as derrotas não entram no vocabulário.

Quero sentir na pele o prazer de entrar num relvado com 80 mil a cantar por mim, sentir o cheiro da relva, sentir o peso da camisola, sentir a redondinha no pé, sentir o apito do árbitro, sentir cada golo, sentir o prazer imenso de representar um país perante um continente, sentir o prazer de vencer em nome de todos os milhões de portugueses, sentir o gosto da vitória, sentir o suor a escorrer pela cara, sentir as pernas cansadas e esquecer a dor, sentir a força de uma nação. Mandem-nos logo para casa, percam os três jogos, mas joguem, divirtam-se, lutem, mostrem garra e paixão, sintam a honra do símbolo e a alegria de todos nós...

Até lá, bandeira preparada, t-shirt no tronco, mão no coração e pulmões a todo o gás. Quando soar o hino não seremos 11, seremos 20 milhões a cantar pelos "Heróis do mar", seremos um país unido na tristeza e na alegria por um bem maior, por todos nós. Que Paulo Bento e companhia sinta o Euro como eu o sinto, que vivam o que eu queria viver, que lutem até ao último fòlego deles e que lutem até ao último fòlego dos 20 milhões de portugueses espalhados pelo Mundo. Dia 9 de Junho não seremos 11 nem 11 milhões, seremos o Mundo!

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