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O gato está a subir ou a descer?

por Marquês, em 09.04.15

 C'um caneco!

 

Confesso que não perdi tempo com aquele drama da cor do vestido.

 

Ok, sou um gajo, não ligo a cores e muito menos a vestidos (excepto se houver uma modelo dentro do vestido, aí as opiniões divergem).

 

Mas uma ilusão de óptica que mete um gato e uns degraus, vou ajudar à viralidade da coisa.

 

Cá para mim, acho que ele está a descer...

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Os Franquelins desta vida

por Marquês, em 07.02.13
Ai os Franquelins desta vida. Num país de fachada, existe ainda alguém que acredite em política? No Governo há muito que ninguém acredita, aliás, é comum dizer-se que o povo vota nas pessoas mas quando estas chegam ao poleiro vira tudo igual, e parece que agora vamos deixar de confiar nas pessoas. Eu, por respeito a mim mesmo, vou, que fique oficialmente aqui explícito, deixar de acreditar em política. Se fosse falar de democracia perdia caracteres e tempo, e se o tempo é dinheiro, mais vale poupá-lo e evitar gastá-lo em futilidades.

Este Franquelim (uma adaptação foleira de um nome estrangeiro que faz lembrar um cantor pimba) é o novo bobo da corte, ou seremos nós os bobos "desta corte". Hoje é notícia o facto do rapaz ser um consultor precoce, aos 16 anos já fazia consultoria (um prodígio, talvez) a uma empresa que viria a ser criada passados 19 anos (duplo prodígio, diria eu, um visionário)! Como não sou jornalista, fui à Infopédia onde diz que o Franquelim entrou na empresa em questão dois anos após ter terminado a licenciatura em Economia, ou seja, entrou para a empresa aos 27 anos e não aos 16 (maldita Infopédia, a deitar por terra um prodígio português com nome de cantor pimba). Ao que acrescento que a dita empresa, fundada em 1989, deriva da junção de duas empresas que já existiam há largas décadas. Mas esse trabalho de investigação cabe a jornalistas e detectives, eu sou apenas um ser chato.

Na verdade, estou-me nas tintas para o currículo dos nossos governantes, licenciados em aldrabices. A credibilidade é algo que se esconde ao ouvir falar deste governo desgovernado. Franklim, à inglesa, era o nome de um gato que nasceu no palheiro da minha avó. Posso até confidenciar que fui padrinho do gatinho, e a minha prima foi a madrinha. Procedemos ao baptismo, com direito a água benta e tudo! Vá, era água da torneira mas nunca me descaí ao pé do Franklim, gato. O Franklim, gato, nunca foi à Universidade, nunca trabalhou na vida, casou-se, teve filhos, e desapareceu do mapa. Com estas histórias todas do Franquelim, à portuguesa, liguei à minha avó a perguntar pela família do Franklim, o gato. Ao que parece, o Franklim, gato, dizia à mulher que tinha um bom currículo e que tinha tirado uma licenciatura, possivelmente tirada ao domingo. A pobre esposa, agora viúva sem nunca se ter despedido do cadáver de Franklim, gato, conta que a última vez que o viu ele disse que ia comprar tabaco. Se fosse eu tinha desconfiado - o Franklim, gato, não fumava. Se calhar fugiu para o Brasil ou foi adquirido por alguma empresa angolana. Ele ultimamente andava com ar suspeito, já nem caçava ratos da mesma maneira. Nunca mais ouvi falar dele, Franklim, o gato.

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Exercitar o cérebro

por Marquês, em 05.02.13
É senso comum que existem certas particularidades que diferenciam os homens das mulheres. Não sendo totalmente correcto, até porque sou dos que defende que os homens e as mulheres não são todos iguais, existem certas particularidades que encaixam na grande maioria das pessoas do mesmo sexo.

E agora vou debruçar-me sobre isso mesmo. Para começar, estou a tirar uma formação numa área ligada ao futebol e, na primeira aula, o formador deu algumas sugestões para nós exercitarmos o nosso cérebro. Coisas simples como lavar os dentes com a mão canhota ou comer com os talheres trocados podem ser acções bastante interessantes para obrigar o nosso cérebro a trabalhar mais em situações do dia-a-dia e para as quais já temos processos e rotinas assimiladas. Achei interessante, e até comecei a lavar os dentes com a mão esquerda - até agora posso dizer que já sujei duas blusas com pasta de dentes e tenho um hálito menos fresco contudo, acredito que com a prática estarei pronto a desempenhar esta tarefa com igual mestria quer à destro quer à canhoto!

Outra sugestão, porém, deixou-me mais apreensivo. Querem saber qual é? Cambada de curiosos! Parecem o meu gato, sempre a meter os bigodes em todo o lado. Raio do gato tem um fetiche qualquer com portas. Assim que vê uma porta a abrir - zingas! - lá vai ele explorar o novo recanto que se abre. Seja um armário, a porta de uma divisão da casa, a porta da varanda, a porta da rua, uma caixa, seja o que for, o estúpido do felino vai saltar lá para dentro à Indiana Jones para explorar, sempre a explorar. Mas a sugestão era outra: mudar o caminho que se faz todos os dias, por exemplo, experimentar uma nova estrada para o trabalho. E quanto a isso, achei má ideia. Isto porquê, porque eu, sendo homem, não pergunto indicações a ninguém e, como tal, já andei perdido algumas vezes. De modos que, experimentar um caminho novo pode dar mau resultado. Uma vez, queria eu ir ter a Alfragide mas enganei-me na saída e, sorte a minha, quando dei por mim estava na Damaia. Nada contra o sítio, até pareceu bastante bonito, mas andei por bairros onde só entra o corpo de intervenção e não me pareceu boa ideia pensar em mudar o caminho que sigo para o trabalho todos os dias por uma aventura ao vivo por reportagens do jornal da TVI. Lavar os dentes com a mão esquerda, ainda aceito, mas arriscar chegar ao trabalho só de cuecas, não me pareceu boa ideia. Fica a sugestão.

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Porta-te bem, felino

por Marquês, em 17.12.12
Vou desabafar convosco e espero que ninguém conte às autoridades mas, e isto é uma possibilidade cada vez menos remota, se o meu gato desaparecer por um tempo interminável e encontrarem sangue no meu quarto, eu posso ter algo a ver com o assunto.

Costumo falar com o animal e quando estamos sozinhos até lhe confidencio coisas sobre mim, sobre a minha vida e afins, porque penso que ele gosta de ouvir. No entanto, ontem ouvi um miado parecido com uma palavra, a saber "miaunteiga", o que é praticamente tudo o que o meu colega de casa sabe dizer e isso deixa-me preocupado. Ainda para mais, reparei que o livro que ando a ler (pasmem-se, é sobre José Mourinho), tinha o marcador numa página diferente e estou desconfiado do gato. Qualquer dia aparece lá em casa a recitar Os Lusíadas e daí até contar os meus segredos mais assustadores é um pequeno passo. É uma situação delicada contudo, e como agora já sei que é um macho, não me sinto tão mal em pensar em assassinar o bicho. Ou então tento fazer chantagem primeiro, começo por lhe esconder os biscoitos preferidos, meto alfinetes dentro da bola de ping pong, pego-lhe fogo à cauda, só para ele perceber que é mais saudável se ficar calado.

De outra forma, seria chato o felino contar às redondezas algumas confidências. Por exemplo, fui eu que fechei o caniche da velhota do 2.ºD nas escadas de emergência só porque estava farto de ter um porta-chaves a gingar na minha perna, ou fui eu que estoirei com a energia em todo o quarteirão quando tentava fritar o periquito da velhota do 2.ºE com duas lâmpadas, ou fui eu quem colocou uma falsa convocatória de condomínio para discutir se a velhota do 2.ºF podia ter 14 gatos na varanda só porque o marido a trocou por uma rapariga que trabalha ao balcão da churrascaria da rua de baixo. Agora que penso nisso, devia afastar-me do 2.º andar antes que as velhotas se juntem contra mim, uma delas tem um cajado em madeira e já a vi correr atrás de um garoto malcriado.

Elevador amigo, não avaries nem pares no 2.º andar que eu prometo portar-me bem daqui em diante. E ai de ti, saco de pulgas, que te chibes de alguma coisa!

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Afinal é um gato

por Marquês, em 09.12.12
Eu tinha uma gata que afinal é um gato e isso mudou tudo. Sinto, claramente, que os meus últimos dois meses foram uma mentira. Eu estive a viver uma mentira! Depois de ter colocado um texto intitulado "Gato, o chamariz de garotas" parti para a acção e recebi mesmo na minha moradia um animal da espécie acima referida. Contudo, à primeira vista parecia-me estar perante um espécime feminino e todos cá em casa o começamos a tratar como tal, até esta semana. Esta semana mudou tudo.

Quando tínhamos uma gata éramos uns pais carinhosos que fazíamos todas as vontades à menina. Chegamos a comprar Barbies para ela brincar, e ela brincava toda contente, dávamos-lhe banhos de sais e espuma, víamos fotos de gatos machos pelados, até cheguei a fazer uma maratona de Sexo e a Cidade com "ela". E o pior, "ela" dormia connosco, na nossa cama. Mas agora é "um gato" e passou a ter uma vida de macho!

Em primeiro lugar acabaram-se os banhos, um gato macho lava-se com a própria língua! Forrámos a sala com fotos de gatas desnudadas e algumas vestidas com camisolas de lã bem sexy, passámos a meter picante nos biscoitos e acabaram-se os patés enlatados! Agora deixamos a televisão ligada em canais de desporto quando saímos e vemos pelo menos um filme de acção por dia, de preferência com muito sangue. Quando se trata de vida nocturna, e apesar de ser um felpudo de apenas cinco meses, pode ficar acordado até tarde, se quiser sair com os amigos está à vontade, já bebe cerveja com os donos e estamos a ensinar-lhe piropos e frases de engate, só não toleramos drogas e a primeira vez que o apanharmos a fumar vai levar com o cinto. Agora tem uma manta do Action Man e nunca mais o obrigámos a lavar loiça ou arrumar a casa, isso é coisa de mulher e o nosso gato é um macho. E, mais importante, agora dorme na rua! Não quero um macho a dormir enroscado nas minhas costas...

Se ele está mais feliz agora, não sei, mas está a portar-se como um verdadeiro homem! Ontem tinha duas gatas a miar à porta e deu-lhes para trás para ficar a ver The Avengers com os seus compinchas. Está feito um homem, o meu "ex-gata"!

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