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Multiplicação dos youtubers portugueses

por Marquês, em 04.02.13
Já ouviram falar no Puto Miguel? Um novo "pseudo-fenómeno" made in Youtube.

A semana passada estava eu a vaguear por uma famosa rede social à procura de imagens com piada para me distrair quando vejo duas partilhas de amigos meus para um novo sucesso do Youtube português - o Puto Miguel. Curioso, cliquei lá na hiperligação e fui levado para isto. À altura em que estou a escrever isto, este novo "pseudo-fenómeno" já conta com mais de três mil subscribers (acrescento, a título de comparação, que Salvador Martinha, um dos melhores humoristas portugueses da actualidade, tem cerca de dois mil subscribers) e tem apenas dois vídeos. O conteúdo é fraco, não consigo ir contra os meus princípios e dizer que é bom ou aconselhar a visualização dos seus vídeos. Mas, e como eu sou do contra por natureza, aprovo esta ideia. Um puto de nove anos, segundo a sua descrição, com um sotaque profundo e uma barriga onde se pode ler "excesso de McDonald's", que quer fazer um vlog ou simplesmente ter vídeos no Youtube. E porque não? Força nisso puto!

Isto faz-me lembrar a minha mocidade, os anos de puberdade passados no Algarve onde, em conjunto com uns amigos e várias borbulhas faciais, também pensei em fazer sucesso no Youtube. Não conseguimos. Contudo, podemos orgulhar-nos do resultado, sem contar com os penteados que eram deveras horrendos, há oito anos atrás o meu cabelo, se tivesse vida própria, iria suicidar-se todas as manhãs ao olhar-se ao espelho. Isso talvez explique porque perdi a virgindade tão tarde mas isso são linhas para outros textos. Belas tardes a jogar PES na Playstation e a criar conteúdos humorísticos, sempre na galhofa. Talvez um dia me debruce sobre esse grupo de gaiatos bonitos. Fizemos, a nível local, quatro espectáculos ao vivo, enchemos uma sala com cerca de oitenta lugares e actuamos para mais de duas mil pessoas. E era apenas uma brincadeira de gaiatos. Alguns vídeos ainda estão online, algumas ideias ainda estão perdidas em pastas escondidas no computador ou em antigos cadernos. Algumas ideias ainda podem valer umas boas gargalhadas, mesmo tantos anos depois. Mas tivemos pouca sorte, por isto ou por aquilo, não fomos capazes de contrariar algumas adversidades e deixamos o projecto morrer.

Por isso, e por muitas mais razões, deixo aqui uma palavra de incentivo aos vários Putos Miguéis e putos como eu há oito anos atrás: não desistam, deixem-se levar pela imaginação e façam alguma coisa por vós. Eu, que nunca andei de avião sequer, conheço dezenas de youtubers norte-americanos, mas conheço poucos portugueses. Há que incentivar os corajosos que se arriscam perante milhares ou milhões de "espectadores". Quantos mais aparecerem, maiores as probabilidades de termos bons youtubers portugueses, bons comunicadores, bons humoristas. Nos Estados Unidos, existem milhões de youtubers mas apenas dezenas merecem crédito. Não podemos esperar que em Portugal todos os youtubers sejam bons. É preciso que apareçam muitos, maus, péssimos, indiferentes, até que apareça um bom, dois bons, muitos bons. Se Jesus fez a multiplicação dos pães, que se faça a multiplicação dos youtubers portugueses!

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Vou escrever um livro! - Parte I.I

por Marquês, em 26.11.12
Há umas semanas deixei aqui para vocês um pequeno excerto do primeiro capítulo de uma futura grande obra de arte da literatura portuguesa alternativa. Antes de mais deixem-me elucidar que não penso, e seria realmente parvo, ganhar um prémio nobel por tal rabisco nem penso ser um ícone da literatura portuguesa. Até porque, para ser um ícone ou ganhar uma estatueta, preciso de uma história de vida comovente ou de ser estúpido. E agora vocês podem dizer que isso tem uma pontinha de verdade, e tem, mas não é suficiente para convencer o júri. Sei ler, tirei uma licenciatura, nunca passei em fome em criança nem levei porrada dos meus pais, tenho um trabalho sério e gosto de mulheres. Até posso ser um pouco estúpido mas a minha vida não tem grande interesse. Sou um gajo normal, por assim dizer.

Porém, e voltando ao tema, tenho andado com dificuldades em avançar na história e tenho-me limitado a escrever tópicos para abordar nas 150 páginas que ainda estão por escrever. Diversos tópicos, novos personagens, momentos-chave, enredos paralelos, dramas, algum humor, muita acção... Enfim, um livro a sério sem histórias de amor nem finais felizes. Não gosto dessas coisas. Podem chamar-me insensível ou até antiquado mas não gosto de finais felizes, previsíveis e vazios de interesse. Não poucas vezes dou por mim a ler uma história ou a ver um filme e, num quarto de hora, já sei exactamente como vai acabar. É aborrecido e eu não aprecio cenas aborrecidas. E quem diz cenas diz coisas, também não gosto de coisas aborrecidas. Portanto, garanto que o meu livro não será aborrecido! Pelo menos para mim. Ontem escrevi um pequeno momento que irei inserir no capítulo dois que me deixou a rir desalmadamente durante uns bons três minutos!

Pois bem, no texto - "Vou escrever um livro! - Parte I" ficaram a conhecer um dos personagens principais, cujo nome não revelei na altura, nem vou revelar agora. Mas vou desvendar um pouco sobre esse personagem, só para aguçar o apetite da mulherada! Esse personagem, o "padrinho", é uma mistura de Casanova com Zezé Camarinha, pêlo no peito, sucesso com as mulheres e o QI de uma ervilha. Moreno e gostoso, o "padrinho" será o personagem secundário com mais acção na história e vai estar presente em alguns momentos bastante hilariantes. Depois de dançar com uma loira e uma morena, o "padrinho" vai ser vítima de um sequestro! Exactamente, um sequestro! Com perseguições de carro, tiros, ameaças, gorilas vestidos de seguranças, crocodilos e até anões! Vai ter carros de alta cilindrada e vespas a acelerar pelas estradas nacionais deste Portugal com direito a explosões! O rapaz será levado para um armazém escondido onde será torturado! O motivo: não vou contar! Senão depois já ninguém vai querer comprar o livro e eu gostava de vender pelo menos cinco exemplares, sem contar com a minha mãe.

Espero que isto vos deixe alguma água na boca, e ainda mais espero que limpem a boca para não sujarem o teclado. E agora vou almoçar porque isto das segundas-feiras dá uma larica à uma da tarde que nem é tarde nem é cedo para ir trincar uma fatia de pão e um copo de vinho, com moderação porque sou um adulto responsável e tenho de voltar à labuta daqui a pouco. Boa semana para vocês, e para mim!

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