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Aqui, o Marquês filosofa sobre a vida e a existência de esquilos voadores. Às vezes, o Marquês está bêbedo e refere-se a si na terceira pessoa. Sintam-se em casa, mas não coloquem os pés no sofá.
OMG OMG OMG!!!
Infelizmente não vou poder ir. As músicas dela fazem despertar em mim umas coisas estranhas, uns feelings ou lá como se chama, e depois tenho receio de começar a chorar desalmadamente e de mandar mensagens às minhas ex-namoradas.
O que pode ser chato porque uma delas nunca me devolveu o Monopoly! Passados quase 10 anos ainda não me fala e posso despertar nela instintos assassinos...
Estava eu a acordar, pego no bólide para me fazer ao dia, faço a rua até ao fim e paro no cruzamento à espera de uma brecha para me enfiar no trânsito.
Vem um tipo da esquerda a dar pisca para a direita (ou seja, para se meter na rua de onde eu venho) e não vem ninguém da direita. "Vou aproveitar e meter-me", pensei eu. No momento em que decido entrar na estrada, o tipo lembra-se que afinal não quer virar ali e segue a marcha. Travão a fundo para não começar o dia com um pára-choques amolgado.
E o tipo começa a esbracejar e até abranda para fazer gestos de homem das cavernas.
Primeiro: ele estava a dar pisca;
Segundo: travei antes de entrar na estrada;
Terceiro: ele estava a dar pisca...
Respirei fundo, subi o volume do rádio, esperei por outra vaga e fiz-me ao novo dia cheio de vontade de abraçar o trânsito lisboeta...
Ora bom dia!
Agosto está a testar a minha bipolaridade.
Sim, sou um bocado bipolar. Num momento apetece-me mandar toda a gente ir passear ao espaço sem bomba de oxigénio e no momento a seguir tenho vontade de abraçar ouriços e cactos.
Este Agosto anda constantemente a trocar-me as voltas. As coisas boas e más sucedem-se a uma velocidade estonteante. A malta foi de férias e conduzir em Lisboa ficou bastante melhor, andava todo contente a conduzir na capital e pimbas! carro na oficina, paguei metade do valor do carro no arranjo... Abracei um novo projecto esta segunda-feira ligado ao futebol e pimbas! voltou a entorse no pé direito...
Agora estou desejando pelo final do mês (€€€) e sei que vão voltar os lisboetas das suas férias frustradas e vão entupir a cidade com o seu stress acumulado e a sua estupidez ao volante...
E dares uma abébia, Agosto?
A semana passada fui, pela primeira vez, aproveitar os preços baixos do Portugal Restaurant Week. Para dizer a verdade, quase fui arrastado porque quem organizou tudo foi a mulher lá de casa. Eu simplesmente levei e trouxe a viatura.
Destino: La Paparrucha. Na minha ingenuidade, não conhecia o restaurante, nem nunca tinha ouvido falar. Pesquisei, por curiosidade e, para não variar, as críticas dividiam-se entre muito boas e muito más. Mas lá fomos. Como a ementa para o certame trazia duas escolhas de entradas, prato principal e sobremesa, deu para pedir uma de cada e dividir.
Como chegamos mais cedo, bebemos um digestivo enquanto esperavamos pela mesa. Algo que também gostamos de fazer, mesmo sem a desculpa de esperar pela mesa. A minha namorada bebe daqueles aquários com ervas e gin tónico. Eu sou mais low profile, um moscatel ou porto ou martini, consoante a ocasião e o apetite.
A mesa pela qual esperamos valeu muito a pena. Junto à janela com uma vista fantástica sobre Lisboa. A Avenida da Liberdade ali embaixo, Lisboa vestida de luzes à nossa frente. Podiam servir-nos uma sola de sapato e uns ovos mal estrelados que teria sido um jantar fantástico na mesma. Felizmente, não foi isso que nos serviram.
Adorei a entrada de Almofada de 4 queijos com mel e nozes. Gosto bastante de queijo e com aquele toque de mel estava divinal. A carne, dividimos picanha e quadril. À primeira tive receio do que fosse o quadril - mais uma ingenuidade minha - e acabou por revelar-se um belo naco de carne tenra e saborosa. O acompanhamento ficou curto, apenas uma batata assada com molho. Pelo que percebi, as doses da ementa do PRW eram ligeiramente mais reduzidas que as normais mas, com entrada e sobremesa, saímos de lá satisfeitos.
Para o ano vou arranjar mais tempo na minha agenda para aproveitar melhor e conhecer alguns restaurantes que, normalmente, acharia caros. Fiquei fã, e menos ingénuo...
A partir de amanhã o meu bólide vai deixar de espalhar magia pela baixa pombalina. QUEM PERDE ÉS TU, LISBOA!
Peço desculpa pelo desvaneio, não queria gritar nem ser indelicado com a nossa capital.
Mas estou triste. Não posso fazer nada. Desde puto que fui aconselhado a não reclamar porque, por norma, somos castigados por reclamar em Portugal. Ou então fazem ouvidos mocos às nossas preces e desesperos.
E o meu bólide é de 1999! Por meia dúzia de meses sou excluído de ir passear à Avenida da Liberdade durante o dia. À noite é na boa. Se calhar à noite os veículos não poluem. Eu percebo pouco disto. E sou apenas um ressabiado a falar. Se tivesse um bólide novinho estava a borrifar-me para os pobres que trazem chaços velhos para a cidade. Bandidos! Vão mas é trabalhar seus pobretanas! Escondam esses Renault 4L de 1988 longe da cidade que isso polui muito! E dá má imagem à cidade, diga-se de passagem. Não quero que os turistas venham cá e se deparem com carros todos podres a cair aos bocados. Depois metem fotos no Instagram e ninguém quer vir cá.