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Foto retirada da página https://www.facebook.com/DFBTeam?fref=ts
No dia em que a selecção germânica espetou quatro bolachas numa paupérrima selecção de jogadores que diziam representar Portugal, pensei para mim: "Vejam bem o que aí vem!". Contudo, e porque há sempre o risco de ocorrer uma surpresa, preferi guardar as certezas para a final. Não me enganei!

Ano 2000, início de século XXI. Eu, com os meus onze aninhos, em frente à televisão a festejar uma enorme reviravolta, depois uma resposta vingativa, outra grande vitória, e outra grande vitória e só de penálti nos pararam. Mas isso pouco importa, hoje é dia da Alemanha, sem gorda, se faz favor.

Tricampeã mundial, tricampeã europeia e a defender o título continental, a selecção de Mathaus, Kahn e Bierhoff, foi vergada pela Roménia de Hagi e por uma segunda linha de Portugal onde se destacou um tal de Sérgio Conceição, com um hat-trick frente ao melhor guarda-redes do Mundo, frente à selecção campeã europeia. Seria apenas ousadia dos "pequenos", sem respeito pela Mannschaft? Seria o fim de uma selecção que lutava sempre pelo título?

"- Olha, e que tal correu o Euro?
- Epah, um empate com a Roménia, perdemos com a Inglaterra e depois levamos três de Portugal.
- Figo, Rui Costa e Nuno Gomes?
- Não, hat-trick do Sérgio.
- Quem?"

Portanto, a Federação Alemã de Futebol (DFB) decidiu dar início a uma reestruturação que começou a ser implementada em 2004, após nova fase decepcionante. A DFB impôs que todas as equipas da 1ª e 2ª Divisão tinham de possuir um centro de excelência para jovens. Depois, a Federação acompanha a evolução dos melhores jovens com base em dois aspectos principais - força física e técnica. Jogadores fortes fisicamente e tecnicamente, que saibam decidir rápido e que possam oferecer poder de choque à sua equipa. Medida à qual se juntou uma equipa de olheiros para observar jogadores jovens estrangeiros a viver na Alemanha que pudessem naturalizar-se e representar a selecção alemã, como Özil, Khedira ou Boateng. Em 2014, apenas Klose e Weidenfeller, os trintões, resistiram à diminuição da média de idades na selecção - na década de 90 a média era 29 anos e agora é 24. Lahm, Schweinsteiger e Podolski são os mais velhos da geração "pós-Sérgio Conceição" (nome carinhoso pelo qual trato os novos campeões do Mundo). O próprio Joachim Löw, que muitos gostam de classificar como mau treinador, foi o primeiro adjunto desta reestruturação e há oito anos que comanda esta geração - nunca falhou uma meia-final!

A isto considero trabalho, muito trabalho, rigor, organização. No núcleo duro da selecção, a grande maioria dos jogadores alcançou a titularidade logo à saída da selecção de Esperanças. Lahm, Schweinsteiger, Özil, Hummels, Neuer, Müller, Kroos, cimentaram o seu lugar nas camadas jovens e marcaram posição na selecção sénior. São eles o presente e o futuro da Alemanha, eles que treinam ao mais alto nível e jogam ao mais nível desde tenra idade. É também curioso reparar que nenhum jogador alemão se destaca como o melhor. Têm Neuer, Lahm, Hummels, Boateng, Howedes, Kramer, Schweinsteiger, Kroos, Özil, Müller e Klose, ainda Khedira, Götze, Schürrle, Zieler, Podolski, Draxler ou os lesionados Schmelzer, Reus, Bender e Bender. Não há um grande jogador, há vários bons jogadores que formam uma equipa implacável.

Com Kroos e Müller de saída do Bayern, podemos dizer que o Guardiola é uma besta (podemos sempre dizer que um espanhol é uma besta, mesmo sem motivos, mas futebolisticamente é estranho ver estas saídas)? Como é que o Klose, aos 36 anos, corre mais que o Postiga e o Almeida juntos? Vamos assistir a um domínio alemão no futebol mundial? Se esta fórmula é assim tão boa, onde andam as selecções jovens alemãs? Pois, amigos, tarot é com a Maya. Apenas vos digo uma coisa, este título não é "obra do acaso" e os germânicos têm aqui uma selecção para o futuro!

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Raios te parta, patriotismo!

por Marquês, em 26.03.13

Faltam poucas horas para o jogo e não penso nisso, não sinto ansiedade, não me rabeiam borboletas na barriga, não estou confiante, não estou com um mau pressentimento, aliás, acho que não sinto nada, é-me indiferente.

Sou português, claro que sou, estupidamente orgulhoso de tudo e envergonhado com quase tudo. Acho que ser português é um bocado disso, ter orgulho e ao mesmo tempo vergonha. É gritar bem alto "PORTUGAAAAAAAAAAAAAL" quando batemos a Inglaterra nos penáltis, é espumar de raiva quando o Charisteas marca o golo, é chamar burro ao Postiga quando falha de baliza aberta, é aplaudir o Postiga quando marca o golo da vitória, é criticar o Paulo Bento quando as substituições correm mal e dar-lhe os parabéns quando o Varela faz o 3-2 à Dinamarca! Ser adepto é isso, ainda para mais da equipa de todos nós. Odeio perder, detesto empatar, o que eu quero mesmo é ganhar, sempre, se possível, o máximo de vezes que conseguirmos, marcar dez golos por jogo, com o pé, com a cabeça, com o rabo se for preciso, mas marcar, muitos, mais que o adversário, marcar mesmo quando o jogo está parado só pelo prazer de ver as redes contrárias a abanar com a bola lá anichada!

E hoje, não sinto isso, não sinto nada. Cinco jogos sem vencer, entre amigáveis e qualificação. Já estou farto disto, começo logo a fazer contas de matemática, e eu era um aluno razoavelmente bom a matemática. Estamos a muitos pontos da Rússia, do bilhete de avião para o Rio de Janeiro. Eu, muito provavelmente, não vou lá, mas quero que o Cristiano Ronaldo, o Nani, o Postiga, o Rui Patrício, o Fábio Coentrão e os outros todos vão lá por mim, nem precisam de trazer uma lembrancinha especial para mim, tragam o troféu de Campeões do Mundo para todos nós, não quero autógrafos, não quero fotografias, isso posso perder ou posso esquecer nalguma gaveta da cómoda, quero títulos, daqueles que ficam para sempre na história, ou na Wikipédia. Mas hoje não penso nisso. Azerbaijão... não me lembro de nenhum jogador, eu que jogo FM, eu que passo horas a vaguear pelo zerozero, não me lembro de ninguém. E pouco importa - é para ganhar! Lá no fundo, à medida que se aproximar a hora do jogo, o meu coração vai começar a palpitar mais depressa, distraidamente irei ligar a televisão e cinco minutos antes das cinco já estarei com a mão no peito a cantar baixinho o hino da minha Pátria, baixinho para só eu ouvir, mesmo que grite eles não ouvem lá em Baku. Tenho um treinador de bancada dentro de mim, já imaginei diversos onzes para entrar em campo, não há Ronaldo, não há Nani, outros parecem não existir, outros ficaram em casa, outros estão cansados ou desmotivados. Ai se eu não tinha puxado as orelhas ao Bruno Alves e ao Patrício, mesmo sabendo que eles medem mais meio palmo que eu, nem o Ronaldo escapava. Depois de um jogo daqueles ninguém escapava. Mas isto sou eu a divagar e a imaginar.

Metia o Patrício na baliza, merece, na defesa só metia o Pepe, o maior português da selecção nascido em Maceió, atirava o Neto às feras, deixava ficar o João Pereira por falta de concorrência e chamava o Antunes (o meu menino bonito do FM, nunca me falha, sempre certinho), metia o "tampão" Custódio e lançava o Paulo Machado, campeão na Grécia, tem de estar motivado, havia de comer a relva para mostrar que merece ser chamado mais vezes, depois o Vieirinha na direita, há anos que digo que este rapaz tem lugar de caras nesta selecção, pode ser uma pancada minha mas vejo muito talento naqueles pés, o Pizzi, estrela de um Deportivo em crise, Danny, já está recuperado e é irreverente, e na frente Postigol, obviamente. Há quem não goste dele, eu próprio, mas marca golos como não temos mais nenhum para o fazer. Leva quatro golos no apuramento, feios ou bonitos, mas ele sabe marcá-los e é esse tipo de avançado que faz falta. E contra este Azerbaijão tínhamos de golear, ganhar por poucos é bom contra a Espanha, contra o Brasil, não contra o Azerbaijão! Sei que o Paulo Bento não me ouve, aliás, sei que dos jogadores que eu disse apenas Patrício, Pepe, João Pereira, Pizzi e Postiga devem jogar de início. Sei que a primeira substituição vai ser tirar um extremo, possivelmente o Varela, depois refresca o meio-campo e, se estivermos a ganhar, troca o Postiga pelo Hugo Almeida. E eu a sofrer por fora, como se não sentisse nada...

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Mammarella, bom guarda-redes, mau pai

por Marquês, em 14.11.12
Alguém viu o Portugal - Itália no Mundial de Futsal? Aquele guarda-redes italiano é realmente uma máquina.

Resultado à parte, os italo-brasileiros jogam bem e têm mais cinismo que os portugueses, não soubemos jogar inteligentemente e voltamos a morrer na praia. Vou só desabafar uma palavra para a dona árbitro, que é brasileira, tal como metade da selecção italiana de futsal, é de São Paulo, onde vive a maior comunidade de italianos no Mundo (a seguir a Itália), e é uma indígena sem pingo de decência. Para a próxima quero o Lucílio Batista a arbitrar um Portugal - Brasil a ver se gostam!!!

Mas, voltando ao que me fez vir aqui escrever umas linhas, até porque comecei a escrever quando Portugal ganhava 3-1, que me dizem do guarda-redes italiano, Mammarella. Que grande patife! O homem defendeu tudo o que havia para defender numa exibição fantástica. Efectuou defesas que nunca julguei estarem ao alcance de um ser humano.


Pois então, estava eu a ver o Mammarella a apanhar bolas e estava a imaginar como seria se o homem tivesse um filho e fosse jogar à bola com ele. Imaginem, um puto de 4 anos, uma bola quase do tamanho do miúdo e o Mammarella. O puto, na sua inocência de petiz italiano, manda o pai para a baliza, coloca a bola na marca de grande penalidade e faz de Pirlo nos quartos-de-final em 2012 contra a Inglaterra. Corre para a bola, chuta com a classe de um petiz italiano de 4 anos e... Mammarella defende. Volta a colocar a bola no sítio, agora é Fábio Grosso na final de 2006 frente à França, chuta com a classe de um petiz italiano de 4 anos e... Mammarella defende. Irritado, volta a colocar o raio da redondinha no sítio, cospe para o chão, agora é Totti frente à Holanda no Euro2000, arranca furioso para a bola com a raiva de um petiz italiano de 4 anos e... Mammarella defende de olhos fechados. O puto irrita-se, atira a bola para longe, chama nomes ao pai e foge para a casa da prima, começa a brincar com Barbies e vira homossexual. E porquê? Porque Mammarella, para além de ser um excelente guarda-redes, é um péssimo pai...

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