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Aqui, o Marquês filosofa sobre a vida e a existência de esquilos voadores. Às vezes, o Marquês está bêbedo e refere-se a si na terceira pessoa. Sintam-se em casa, mas não coloquem os pés no sofá.
Já se sente o dérbi! Tanto que ninguém se lembra que hoje o Vitória de Setúbal e o Belenenses, em campos separados, discutem uma vaga nas meias-finais da Taça da Liga. À espera, está o Benfica, e o Sporting, que pode seguir em frente caso nenhum dos adversários vença.
Adoro começar um texto sobre desporto com um problema de linguística e matemática. Gerrard já leva 699 jogos pelos Reds, na Premier League (Premiership, para o JJ), num clube que representa desde 1998, já vai na 16ª época! (Foi só para meter mais matemática)
E o Zlatan tem sido o Zlatan nos últimos dias. Sou obrigado a admitir que este tipo merece o seu nome escrito no futebol mundial. Bem perto do Joey Barton, que também fala pelos cotovelos mas joga menos futebol, muito menos. O Zlatan nunca ganhou uma Champions, mas jogou em cinco clubes que já venceram esse troféu, foi campeão em todos os clubes por onde passou na Holanda, em Itália (também venceu o campeonato pela Juve mas perdeu o título na secretaria), em Espanha e em França, só lhe faltou o título no seu país. Saltou para a ribalta quando fintou meia equipa do NAC Breda, quando jogava no Ajax. Três semanas depois estreava-se pela Juventus... com um golo.
A semana passada perguntou a um adversário "quem és tu?", no fim-de-semana perguntou a um jornalista "percebes mais de futebol que eu?" e ontem perguntou a um árbitro "que queres?".
E ainda marca golos de pontapé à bicicleta a 30m e chuta bolas a 2m de altura com o calcanhar. Digam lá se não é um tipo especial?
HELTON!!!
Não havia outra forma de começar... HELTON!
Um dos melhores guarda-redes brasileiros dos últimos anos, um dos melhores guarda-redes que jogou em Portugal. Ontem, aos 36 anos, depois de uma lesão que o deixou afastado dos relvados mais de nove meses, a realizar apenas o seu segundo jogo, foi enorme. A sua equipa reduzida a nove elementos, a sofrer um massacre e a precisar de um milagre. O milagre veio através das mãos do capitão. E ser capitão é isto mesmo, quando a equipa mais precisa, é o capitão que deve dar o primeiro passo, mostrar o caminho. E Helton fez isso. Cerrou os dentes e foi à luta. Quando os seus colegas falharam, ele não falhou. Não baixou os braços quando viu dois colegas serem expulsos. Efectuou uma dezena de defesas e evitou um resultado histórico. Os jogadores do Braga bem tentaram, de perto, de longe, remates colocados e fortes, mas Helton estava lá. No final do jogo, saiu de cara tapada, tentando esconder as lágrimas. De alegria. "Estou feliz por ter ajudado a equipa e porque me senti vivo". Uma grande exibição de um grande guarda-redes. Os adeptos foram incansáveis no apoio à equipa e não pouparam nas palmas com que brindaram o seu capitão. Helton é a imagem do Porto neste plantel. Não só pelos títulos que já conquistou de Dragão ao peito mas porque ele sente o emblema como mais ninguém no grupo, ele sabe que os adeptos são o mais importante e sabe que eles são exigentes mas também são justos. E ontem todos os elogios foram justos!
Na Taça do Benfica, o clube "estrangeiro" voltou a vencer. Jonas voltou a marcar, 13 golos em 16 jogos e já ninguém se lembra que Lima soma apenas 6 golos e Derley leva 2. O Gonçalo Guedes teve direito a 17 minutos. Só consigo pensar que no final da época vai "emprestado" para outro campeonato e eventualmente irão chegar 15 milhões aos cofres da Luz.
No dérbi lisboeta, a relembrar outras tardes e noites de Taça, o Belenenses derrotou o Sporting, a última vitória dos Azuis do Restelo datava de 2008... O primeiro golo do Belém é irregular. Mas a defesa do Sporting não foi a jogo e não se pode assinalar uma falta sobre um jogador que não está em campo. Dupla de centrais muito fraquinha. Aceita-se a vitória pelo que o "grande" em campo não jogou.
No outro grupo, o Sporting da Covilhã, da Segunda Liga, venceu o Estoril de José Couceiro e esteve perto de passar à próxima fase. O desmancha-prazeres foi o Marítimo, que venceu o Gil Vicente e fez mais um ponto que os serranos. A equipa de Francisco Chaló esteve bem. Podia ter sido a primeira equipa da Segunda Liga a marcar presença das meias-finais.
O João Sousa entra em campo esta madrugada. Continuo a acreditar que é possível vencer. Até porque o Murray não está na sua melhor forma. São três sets que separam o João de mais uma marca história para o ténis português.