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Não fiquem preocupados comigo

por Marquês, em 06.11.15

Recebi dezenas de e-mails e sms a perguntar como me tinha safado com o jantar de ontem... Portanto, sinto-me na obrigação de vir a público afirmar que estou bem de saúde.

 

E o que foi o jantar, diacho?! - perguntam vocês. Foi uma pizza carbonara do Continente...

 

Original, certo? Eu sei que não mas às vezes sabe bem.

 

E o melhor do jantar foi: 

 

foto by: vivino.com

 

 É de aproveitar, está em promoção no Pingo Doce.

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A complexidade da água

por Marquês, em 28.01.15

Tenho cumprido no desafio a que me propus: escrever todas as manhãs sobre desporto. Mas tenho andado menos afoito a escrever sobre outros temas. Hoje consegui!

 

Para escrever sobre água. Não sou desportista, já fui um mero amador. Hoje em dia jogo futsal (mal) uma vez por semana e nem faço running nem gym, que são as cenas da moda. Mas dei por mim a fazer uma pesquisa sobre água. Sobre os seus benefícios, sobre as diferenças entre diferentes tipos de água.

 

E, o que para muitos pode não ser uma novidade, descobri que existem várias classificações de águas. Para mim, entrar no corredor de um hipermercado e ver dez marcas de água era pegar numa garrafa ou garrafão e caso arrumado. Acho que não gosto da água do Continente, apesar de dizerem que a água não tem sabor. Quanto ao resto, nunca pensei que fossem diferentes. Agora já sei que existem águas com pH diferente - sempre pensei que a água tinha pH neutro e afinal de contas varia entre 5 e 9. E, consoante o pH, pode ser considerada ácida ou alcalina. Água ácida... Para mim, que tenho a tensão alta, supostamente a melhor água é a alcalina.

 

Outra questão interessante deriva da mineralização. Sempre meti na cabeça a designação "água mineral natural" e pensava que todas as águas o eram. Novamente, errado. Apesar da água portuguesa ser espectacular e natural, existem diferentes tipos de mineralização. Posto isto, a água deve ser das bebidas mais complexas. Continuo a preferir cerveja e vinho. Já estou habituado e acho menos confuso.

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Questionar a cultura

por Marquês, em 13.12.13
Esta semana apetece-me questionar a existência de tudo! Estou a brincar, apenas a existência deste blogue. Vou explicar: fui entrevistado para um trabalho da universidade. Muito simples, queriam um bloguer sem sucesso e vieram ter comigo. Apreciei. E uma das perguntas pedia para falar dos textos que mais tinha gostado de escrever. O que me dá mais gozo escrever? Estórias. Reais ou inventadas mas estórias. Gosto de narrar uma estória à minha maneira. Se for uma estória antiga e rural, onde fique bem colocar vocábulo que aprendi quando era um petiz numa família de gente ligada à terra, então sinto-me mesmo bem.

Há cerca de dois anos, noutro blogue, escrevi um texto sobre cultura onde explorava a cultura enquanto palavra. Todas pessoas têm cultura, embora de áreas diferentes ou de vertentes diferentes. Cultura pode ser instrução ou estudo, como cultura ligada ao mundo das artes, por exemplo. Mas cultura também pode ser lavoura, pode ter a ver com a terra e com produtos naturais, cultivo. É simples.

E nesse texto referi a minha avó para desmistificar um pouco a cultura. A minha avó é a melhor pessoa do mundo. Quando lá vou almoçar ou jantar, descasca a fruta para eu comer. Em casa nunca como fruta, lá marcha sempre um pero ou uma maçã. Contudo, é também uma pessoa muito culta. Já na casa dos 70, sabe ler por esforço próprio e sempre trabalhou no campo. Tem essa cultura. O resto, adquire nas revistas e nos livros que os filhos e netos deixam lá em casa. Nunca foi ao teatro, nunca foi ao cinema, nunca leu Marx ou Descartes mas sabe tudo sobre plantar batatas, sobre a monda do arroz, sobre o cultivo de morangos ou laranjas. Vendo bem, tem muito mais cultura que eu, e eu tenho um papel que diz "licenciado". E sou desempregado! O que é cultura afinal? Para que serve? Vou comer uma fatia de pão e beber um copo de vinho. Pão cozido pela avó no forno a lenha e vinho destilado pelo avô na adega. Até nisso sou um leigo, como e bebo e não sei fazer nada!

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Um nada que é tudo

por Marquês, em 29.05.12
Sou um rapaz de impulsos. Querem uma prova? Não tenho absolutamente nada de interesse ou de relevo que mereça ser gatafunhado num texto em forma de prosa que dê para saborear à luz de um candeeiro a petróleo numa cabana à beira-mar, contudo, munido de uma dezena de dedos que vou atirando rebuscadamente contra um teclado de um qualquer portátil por mim comprado numa loja com promoções capazes de agradar ao próprio Tio Patinhas, insisto em cravejar nesta página a que chamam blogue um conjunto de letras e palavras que se unem em torno de uma pontuação, quiçá mal utilizada, e cujo resultado será um redondo e vazio nada.

E sobre o "nada" posso dizer tudo, porque dizer nada é dizer tudo, porque não ter nada é ter tudo, porque o nada é o infinito e até o vazio que preenche o infinito é um tudo. Ou um tudo ou nada. Filosoficamente não me apetece dizer nada. Que me perdoe o meu único professor de Filosofia que "aturou" os meus paradoxos existenciais (uma boa pessoa mas cuja relação aluno-professor foi um nada de azeda) mas não hei-de filosofar. Não digo nunca porque isso é o mesmo que dizer nada, irá obrigar a que um dia me contradiga, mesmo sem me aperceber e se me aperceber ficarei a filosofar sobre o facto de ter afirmado que nunca iria fazer algo que fiz e que me leva a fazê-lo uma vez mais para perceber porque o fiz. É estranho, e julgo que o pequeno filósofo que existe em mim, ou talvez seja apenas o meu neurónio Teco a jogar à macaca, acha que devo parar por aqui. No entanto, existe aquela questão do nada que é tudo e, portanto, não posso deixar nada para trás com medo de estar a deixar tudo. Seria clichê pegar nos mandamentos masculinos que ensinam que quando uma mulher diz "nada" se refere a "tudo", seria mas não é. Possivelmente é das maiores verdades absolutas: o nada é uma farsa. Mas que raio é o nada?

Neste mesmo momento estou a pensar em nada e num segundo milhões de imagens e palavras se cruzam no meu pensamento. Tanta vez nos perguntam em que estamos a pensar e respondemos "Em nada", quando na verdade estamos a pensar em tanta coisa que a resposta correcta não seria "Em nada" mas sim "Em tudo", apenas não conseguimos entender em que tudo ou nada estamos a pensar. Sei apenas que a matemática é uma ciência exacta e que tudo o resto pode ser tudo. Se calhar podia alterar o nome do meu blogue para "Uma fatia de pão, um copo de vinho e um pouco de nada" mas agora já é tarde não me apetece fazer nada.

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Não sabem respeitar ninguém

por Marquês, em 22.05.12
Regresso hoje a este meu blogue para reportar uma situação. Posso, tendo em conta o meu passado recente, considerar-me um "entendido" nas carreiras daquelas camionetas amarelas que passeiam por Lisboa com pessoas enlatadas. Porém, de tanta alarvidade que já ouvi, tanto disparate cuspido por pessoas cujo Q.I. se assemelha ao de um pepino daqueles amargos, tanta confissão descabida jogada contra um aparelho móvel que não escapa aos ouvidos de todos os passageiros, ontem ouvi uma resmunguice espectacular.

A caminho do trabalho, com uma mão na carteira e outra no rabo para me proteger de velhotas e carteiristas, lá me ia esgueirando entre a multidão. Digamos que a camioneta que eu apanho tem a mesma densidade populacional que aqueles 50 metros de plateia junto ao palco num concerto do Tony. E estava eu muito entretido com uma mão na carteira e outra no rabo quando entram duas senhoras, no seu meio século de loucura já ultrapassado, a conversar amigavelmente num tom ao qual nem os transeuntes que circulavam na rua ficavam indiferentes. Entre as queixas sobre os jovens e o preço dos remédios para o reumático, a mais inteligente (perdoem-me o tom jocoso), salta com esta bonita frase: "Esta gente aqui de pé e ainda há ali um lugar. Não sabem respeitar ninguém"...

Eu sinto que podia terminar aqui o texto.

Moral da história: se te sentas e deixas uma pessoa de idade ou deficiente de pé - não respeitas ninguém; se ficas de pé e há lugares para sentar - não respeitas ninguém; se tens um lugar onde podes sentar meio século de loucura e ainda reclamas - és uma portuguesa à maneira!

Haja uma fatia de pão e um copo de vinho para matar a fome e molhar o bico!

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