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Aqui, o Marquês filosofa sobre a vida e a existência de esquilos voadores. Às vezes, o Marquês está bêbedo e refere-se a si na terceira pessoa. Sintam-se em casa, mas não coloquem os pés no sofá.
O Europeu de futebol terminou há menos de uma semana. Milhares, talvez milhões de adeptos viajaram para França para apoiar as suas selecções. Praças repletas de gente, câmaras em todo o lado, ruas à pinha. Durante um mês nada aconteceu num país fustigado pela impiedade do terror. Menos de uma semana depois, um camião irrompe pelo meio de uma multidão e tira a vida a mais de 80 pessoas.
Dizem que o principal propósito do terrorismo é o mediatismo. E não há nada que chame mais a atenção que o medo, o drama, a morte. Temos um bom exemplo no jornal mais vendido em Portugal que faz da capa verdadeiros muros da lamentação.
O objectivo do terrorismo é que se fale nele. Alimentar o medo nas pessoas. Perante esta informação, será que devo escrever sobre isto ou limitar-me a ver de longe? Às vezes sinto-me excluído por nunca partilhar uma notícia sobre terrorismo nas redes sociais. Em boa verdade, não considero as redes sociais o local ideal para manifestar todas as minhas opiniões. Guardo isso para as conversas com os amigos. Mas ontem quando vi a notícia sobre este ataque fiquei perplexo. Menos de uma semana depois do maior evento realizado na Europa em 2016 onde não se falou de nenhum problema e onde milhares de pessoas andaram por aquela rua. No mesmo sítio!
Vamos ignorar ou voltar a falar disto?
Vamos dar-lhes atenção, notícias, tempo de antena, propagar a mensagem de terror que eles querem passar?
Vamos fingir que não é nada connosco?
Vamos usar hashtags para dizer que somos Nice tal como fomos Paris e Charlie Hebdo?
Vamos ignorar ou voltar a falar disto?